[:pb]Pesquisa sobre o conhecimento da hepatite C no Brasil[:es]Encuesta sobre el conocimiento de la hepatitis C en Brasil[:]

2693

[:pb]

Setembro de 2007

Tamanho da amostra: 5.193 indivíduos

 

 

I – INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA

 

É observado que um elevado percentual dos infectados com a hepatite C e seus familiares, apesar de possuírem na maioria dos casos acesso a material informativo sobre sua doença, desconhecem conceitos básicos da mesma, dos seus indicadores de gravidade e progressão e, das formas de transmissão.

O objetivo desta pesquisa é conhecer se o conhecimento da hepatite C entre aqueles atingidos pela doença e diferente do conhecimento da população em geral, daqueles que não possuem familiares com a doença.

 

II – OBJETIVOS

 

2.1 – OBJETIVOS GERAIS

– Avaliar o conhecimento dos princípios básicos da hepatite C entre os associados do Grupo Otimismo residentes no Brasil.

– Avaliar o conhecimento geral sobre a hepatite C na população sem relação ou vinculo com infectados.

– Comparar o nível de conhecimento entre a população afetada e a população em geral, objetivando melhorar a forma como as informações devem ser comunicadas a cada setor especifico.

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

– Traçar um perfil dos que convivem com a infecção determinando o conhecimento existente em relação à prevenção (transmissão), o objetivo do tratamento em relação a obter a cura e a importância, ou não, da carga viral na progressão da doença.

– Conhecer na população em geral o nível de conhecimento e da qualidade das informações recebidas principalmente em relação a sua divulgação, formas de transmissão e prevenção, sintomas, a comparação com outras epidemias e, em referencia a realização do teste de detecção.

 

III – METODOLOGIA

 

3.1 – PESQUISA SOBRE O CONHECIMENTO DA HEPATITE C ENTRE OS ASSOCIADOS DO GRUPO OTIMISMO

Foram aplicados questionários por meio eletrônico em uma amostra aleatória dos associados brasileiros do Grupo Otimismo que recebem informações semanais sobre as hepatites via e-mail. O tamanho da amostra obedeceu ao numero de respostas recebidas entre os meses de junho e julho de 2007, perfazendo em total de 2.710 questionários respondidos de forma completa.

Do questionário constam as seguintes perguntas:

1) A hepatite C pode ser transmitida socialmente pelo compartilhamento de talheres, copos, pratos, toalhas, lençóis ou qualquer utensílio?

2) A hepatite C e facilmente transmitida pelo sexo?

3) A hepatite C e transmitida pelo beijo?

4) A quantidade de vírus (carga viral) e importante na progressão da doença?

5) Existe a cura da hepatite C?

6) Qual seu relacionamento com a hepatite C? (portador, familiar, amigo, profissional da área da saúde, interessado).

3.2 – PESQUISA SOBRE O CONHECIMENTO DA HEPATITE C NA POPULAÇÃO EM GERAL

Foram aplicados por voluntários de todas as regiões do Brasil questionários a serem preenchidos na forma de múltipla escolha, nas mais diversas populações de indivíduos sem relacionamento com familiares infectados com a hepatite C, em ambientes diversos, como universidades, escolas de ensino fundamental, empresas, hospitais, shopping centers, locais de grande concentração de público, etc.

O tamanho da amostra obedeceu ao numero de formulários corretamente preenchidos, recebidos no período de 01 de agosto e 10 de setembro de 2007, perfazendo em total de 2.483 questionários.

Do questionário constam as seguintes perguntas:

1) Você já ouviu falar em hepatite C?

2) Você conhece ou já conversou com alguém que tem hepatite C?

3) A hepatite C é uma doença igual a AIDS?

4) Tem mais pessoas com: AIDS?, Hepatite C?, O número é igual? ou, não soube informar.

5) Você saberia informar se a transmissão da hepatite C pode acontecer pelo Ar; pela Água; pelo Sangue; pelo Sexo; pelo Beijo ou, não soube informar.

6) Existe vacina para evitar a hepatite C?

7) Para ser infectado com a hepatite C é necessário já ter passado antes pelas hepatites A e B?

8) Quem tem hepatite C sente alguma coisa?

9) Você alguma vez fez exame para saber se tem ou teve hepatite?

 

IV – RESULTADOS DAS DUAS PESQUISAS

 

4.1 – RESULTADO DA PESQUISA SOBRE O CONHECIMENTO ENTRE OS ASSOCIADOS DO GRUPO OTIMISMO

1) A hepatite C pode ser transmitida socialmente pelo compartilhamento de talheres, copos, pratos, toalhas, lençóis ou qualquer utensílio?: Não 96% – Sim 4%
Comentário especifico: Excelente nível de conhecimento sobre formas de transmissão entre infectados e familiares.

2) A hepatite C e facilmente transmitida pelo sexo?: Não 86% – Sim 14%
Comentário especifico: Excelente nível de conhecimento sobre a possibilidade de transmissão sexual encontrada entre infectados e familiares.

3) A hepatite C e transmitida pelo beijo?: Não 96% – Sim 4%
Comentário especifico: Excelente nível de conhecimento sobre formas de transmissão entre infectados e familiares.

4) A quantidade de vírus (carga viral) e importante na progressão da doença?: Sim 83% – Não 17%
Comentário especifico: Desinformação muito grande entre os infectados. Na hepatite C a carga viral não indica agressividade do vírus nem o grau de dano existente no fígado. A carga viral é um indicador de gravidade da doença na AIDS e na hepatite B, mas na hepatite C o único objetivo da carga viral e o de se prognosticar as possibilidades de resposta terapêutica e de monitorar o tratamento, mediante a qual o médico pode saber se é necessário continuar ou interromper o mesmo.

5) Existe a cura da hepatite C?: Sim 79% – Não 21%
Comentário especifico: Excelente nível de conhecimento sobre a possibilidade de cura definitiva da doença naqueles que tem sucesso com o tratamento.

6) Qual seu relacionamento com a hepatite C? (portador, familiar, amigo, profissional da área da saúde, interessado): 2.004 portadores (infectados); 340 familiares de infectados; 53 colegas de trabalho ou amigos; 182 profissionais da área da saúde e 131 declaram ser simplesmente interessados no tema.
Comentário especifico: noventa e tres por cento dos que participaram da pesquisa estão diretamente ligados ao problema.

4.2 – RESULTADO DA PESQUISA SOBRE O CONHECIMENTO NA POPULAÇÃO EM GERAL

1) Você já ouviu falar em hepatite C?: Sim 78% – Não 22%.
Comentário especifico: Aparentemente a divulgação da hepatite C no referente a ter ouvido falar é razoável.

2) Você conhece ou já conversou com alguém que tem hepatite C?: Sim 47% – Não 53%.
Comentário especifico: Também neste ponto parece ser razoável o número de indivíduos que conhece alguém infectado com hepatite C.

3) A hepatite C é uma doença igual a AIDS?: Sim 27% – Não 73%
Comentário especifico: Na população em geral tres de cada quatro indivíduos sabem diferenciar como diferentes as duas doenças.

4) Tem mais pessoas com: AIDS? 44%, Hepatite C? 19% – o número é igual? 11% – Não souberam informar 26%.
Comentário especifico: Desconhecimento muito grande da dimensão da epidemia de hepatite C, a qual é sete vezes superior a epidemia de AIDS. Desconsiderando os que não souberam responder, 60% da população tem uma informação errada da dimensão da epidemia.

5) Você saberia informar se a transmissão da hepatite C pode acontecer por alguma das seguintes formas?: Pelo Ar 3% – Pela Água 4% – Pelo sangue 49% – Pelo Sexo 21% – Pelo Beijo 9% – Não souberam informar 14%.
Comentário especifico
: Somente a metade da população sabe corretamente que a hepatite C é uma doença transmitida pelo sangue.

6) Existe vacina para evitar a hepatite C?: Sim 51% – Não 28% – Não souberam informar 21%.
Comentário especifico: Desconsiderando os que não souberam opinar, sessenta e cinco por cento da população afirma acreditar que existe vacina para prevenir a hepatite C.

7) Para ser infectado com a hepatite C é necessário já ter passado antes pelas hepatites A e B?: Sim 11% – Não 72% – Não souberam informar 17%.
Comentário especifico: Três de cada quatro individuos responderam corretamente, afirmando que não existe relação entre as diversas hepatites.

8) Quem tem hepatite C sente alguma coisa?: Sim 48% – Não 31% – Não souberam informar 21%.
Comentário especifico: Desconsiderando os que não souberam responder, sessenta por cento da população acredita que os infectados com a hepatite C apresentam sintomas, sejam estes físicos ou clinicos.

9) Você alguma vez fez exame para saber se tem ou teve hepatite?: Sim 33% – Não 67%.
Comentário especifico: Uma em cada tres individuos infoirmaque em alguma ocasião já realizou um exame de detecção de alguma hepatite (sem especificar qual hepatite), seja em uma doação de sangue, um pr-e-operatorio ou especificamente numa consulta médica.

 

V – CONCLUSÕES CONSOLIDADAS DAS DUAS PESQUISAS

 

– Setenta e oito por cento da população informam ter ouvido falar na hepatite C, aparentemente um fato positivo, mas embora tivessem ouvido falar da hepatite C, ao se confrontar este resultado com aqueles 65% que acreditam existir uma vacina para hepatite C, fica evidente que um grande percentual confunde as hepatites não sabendo diferenciar entre as hepatite A, B ou C, o que ocasiona uma distorção na resposta sobre a informação de já ter ouvido falar em hepatite C.

– Setenta e três por cento da população responderam que hepatite C e AIDS são doenças diferentes, mas ao se perguntar em qual das duas epidemias existe maior número de infectados, 60% dos que souberam responder afirmaram ser a AIDS uma doença que atinge um maior numero de pessoas, ignorando que o número de infectados no mundo pela hepatite C, segundo a OMS, e cinco vezes superior a epidemia de AIDS. No Brasil é estimado um número sete vezes superior. É evidente um desconhecimento muito grande quanto ao alcance da hepatite C, fruto da falta de campanhas de divulgação.

– É altamente preocupante o fato que 65% da população que soube responder acredita existir uma vacina para prevenir a hepatite C. A confusão com a hepatite B parece ser a causa disso. A população escuta falar “hepatite” e não sabe diferenciar de qual se trata.

– Metade da população sabe que a transmissão da hepatite C é uma doença que se transmite pelo sangue, mas outra metade desconhece a forma de transmissão ou absurdamente acredita que é possível se contagiar até pelo ar ou pela água.

– Sessenta por cento da população informam que a hepatite C apresenta sintomas, um resultado preocupante, já que em geral as hepatites B e C são totalmente assintomáticas. É essa falta de sintomas que dificulta o diagnostico da doença, pois o individuo acha que sem sintomas não esta infectado com qualquer uma das hepatites. Este desconhecimento acarreta uma falta de interesse na realização do teste de detecção.

– Na população em geral, um de cada três indivíduos informa ter realizado em alguma época da vida algum teste para alguma das hepatites, seja em doações de sangue, exames de rotina ou como pré-operatório. Descontando as situações especiais é de se estimar que o número dos que procuraram especificamente o teste de detecção e insignificante.

– Entre os infectados e familiares o nível de informação em relação à transmissão no lar e satisfatório. A grande maioria sabe que não existe transmissão por compartilhar pratos, talheres, toalhas, etc., e que o beijo não ocasiona o contagio. Somente 14% afirmam que ela é transmitida sexualmente.

– Oito de cada 10 infectados ou familiares sabe que existe a possibilidade de cura da hepatite C.

– É grande a desinformação em relação à importância da carga viral na progressão da hepatite C. Oitenta e três por cento responderam erradamente que ela é importante, desconhecendo que na hepatite C a utilidade da carga viral tem como único objetivo monitorar o tratamento.

 

VI – RECOMENDAÇÕES

 

A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa verificamos que é necessário se modificar a forma de dialogo na divulgação de informações sobre a hepatite C, devendo sempre dar cuidado especial a confusão que existe entre as hepatites A, B e C.

Ao se dirigir a infectados e familiares de infectados é necessário informar sobre a carga viral e a transmissão sexual, para que os infectados possuam um maior nível de informação sobre o acompanhamento da doença e suas conseqüências.

Já nas informações para a população em geral são muitas e variadas as informações necessárias. O resultado pode ser resumido se afirmando que duas de cada três pessoas não têm a menor noção sobre a hepatite C, piorando a situação já que maioria delas possui informações totalmente incorretas.

A falta de campanhas de informação e alerta levam ao quadro dramático encontrado na pesquisa aplicada na população em geral. Trabalhos futuros poderão detalhar cada um dos pontos encontrados nesta pesquisa, aprofundando o quadro de informações.

Cabe a indústria farmacêutica, as Sociedades Médicas e as organizações da Sociedade Civil se engajar de forma plena na divulgação de informações corretas, incentivando a curiosidade pela realização do teste de detecção, mostrando que não é necessário apresentar sintomas para estar infectado e, que qualquer individuo pode estar infectado, sem necessariamente fazer parte de um dos grupos de maior prevalencia.

Ante a falta de campanhas por parte do governo cabe alertar a toda a população sobre a necessidade de realizar o teste de detecção.

Com o resultado obtido pela pesquisa a recomendação final é que ao realizar a próxima consulta médica, todos deveriam discutir com o médico a necessidade de realizar o teste de detecção das hepatites (hepatite B e C). A detecção precoce e fundamental para conseguir a cura da hepatite

 

VII – AGRADECIMENTO AOS COLABORADORES E VOLUNTÁRIOS

 

Alem de inúmeros voluntários (médicos, professores universitários, Centros de Testagem e Acompanhamento, Postos de Saúde de diversas prefeituras, laboratórios de exames, etc.) que anonimamente se envolveram no levantamento dos dados, destacamos a colaboração no trabalho dos seguintes grupos de apoio aos pacientes:

BA – Salvador – Grupo Vontade de Viver de Apoio ao Portador de Hepatite C.
CE – Fortaleza – ABC VIDA Grupo de Apoio ao portador de Hepatite.
MA – São Luis – Grupo UNA-C de Apoio a Portadores de Hepatite C.
PA – Belém – APAF – Associação Paraense dos Amigos do Fígado.
RJ – Niterói – Grupo Gênesis de Apoio a Portadores de Hepatite C.
RS – MARAU – Associação Marauense de Hepatite C – AMHE-C.
RS – Porto Alegre – Grupo de Apoio HepatChêVida!!! de Apoio a Portadores de Hepatite C
RS – Rio Grande – NAPHC – Núcleo de Apoio aos Portadores de Hepatite Crônica da Cidade de Rio Grande
SC – Florianópolis – Grupo Hercules de Apoio a Portadores de Hepatite
SP – Osasco – GAPHOR – Grupo de apoio ao portador de hepatite de Osasco e região.

A todos, agradecemos nesta importante tarefa que muito vai ajudar a melhorar a forma de apresentação e os objetivos da comunicação com a população ao se divulgar a hepatite C.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.


Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.


Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação medica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte: WWW.HEPATO.COM


O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]

Septiembre de 2007

Tamaño de la muestra: 5.193 individuos

I – INTRODUCCIÓN / JUSTIFICATIVA

Es observado que un elevado porcentaje de los infectados con hepatitis C y sus familiares, a pesar de posean en la mayoría de los casos acceso a material informativo sobre su enfermedad, desconocen conceptos básicos de la misma, de sus indicadores de gravedad y progresión y, de las formas de transmisión.

El objetivo de esta pesquisa es conocer si el conocimiento de la hepatitis C entre aquéllos alcanzados por la enfermedad es diferente del conocimiento de la población en general, de aquéllos que no poseen familiares con la enfermedad.

II – OBJETIVOS

2.1 – OBJETIVO GENERAL – Evaluar el conocimiento de los principios básicos de la hepatitis C entre los asociados del Grupo Optimismo residentes en Brasil.

– Evaluar el conocimiento general sobre la hepatitis C en la población sin relación o vinculo con infectados.

– Comparar el nivel de conocimiento entre la población afectada y la población en general, objetivando mejorar la forma como las informaciones deben ser comunicadas a cada sector específico.

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

– Trazar un perfil de los que conviven con la infección determinando el conocimiento existente con relación a la prevención (transmisión), el objetivo del tratamiento con relación a obtener la cura y la importancia, o no, de la carga viral en la progresión de la enfermedad .

– Conocer en la población en general el nivel de conocimiento y de la calidad de las informaciones recibidas principalmente con relación a su divulgación, formas de transmisión y prevención, síntomas, la comparación con otras epidemias y, en referencia a la realización de la prueba de detección.

III – METODOLOGÍA

3.1 – PESQUISA SOBRE El CONOCIMIENTO DE LA HEPATITIS C ENTRE LOS ASOCIADOS DEL GRUPO OPTIMISMO EN BRASIL

Fueron aplicados cuestionarios por medio electrónico en una muestra aleatoria de los asociados brasileños del Grupo Optimismo que reciben informaciones semanales sobre las hepatitis veía e-mail. El tamaño de la muestra obedeció al número de respuestas recibidas entre los meses de junio y julio de 2007, con un total de 2.710 cuestionarios respondidos de forma completa.

Del cuestionario constan las siguientes preguntas:

1) ¿La hepatitis C puede ser transmitida socialmente por el compartimiento de cubiertos, vasos, platos, toallas, sábanas o cualquier utensilio?

2) ¿La hepatitis C es fácilmente transmitida en la relación sexual?

3) ¿La hepatitis C es transmitida por el beso?

4) ¿La cantidad de virus (carga viral) es importante en la progresión de la enfermedad?

5) ¿Existe la cura de la hepatitis C?

6) ¿Cuál su relación con la hepatitis C? (portador, familiar, amigo, profesional del área de la salud, interesado).

3.2 – PESQUISA SOBRE El CONOCIMIENTO DE LA HEPATITIS C EN LA POBLACIÓN BRASILEÑA EN GENERAL

Fueron aplicados por voluntarios de todas las regiones de Brasil cuestionarios a ser respondidos marcando respuestas establecidas, en las más diversas poblaciones de individuos sin relación con familiares infectados con la hepatitis C, en ambientes diversos, como universidades, escuelas de enseñanza media, empresas, hospitales, shopping centers, locales de gran concentración de público, etc.

El tamaño de la muestra obedeció al número de formularios correctamente respondidos, recibidos en el período de 01 de agosto hasta 10 de septiembre de 2007, completando un total de 2.483 cuestionarios.

Del cuestionario constan las siguientes preguntas:

1) ¿Usted ya escucho hablar en hepatitis C?

2) ¿Conoce o ya conversó con alguien qué tiene hepatitis C?

3) ¿La hepatitis C es una enfermedad igual al SIDA?

4) ¿Existen más personas con: ¿SIDA?, ¿Hepatitis C?, El número es igual o, no supo informar.

5) Sabría informar si la transmisión de la hepatitis C puede acontecer por el Aire; por el Agua; por la Sangre; por el Sexo; por el Beso o, no supo informar.

6) ¿Existe vacuna para evitar la hepatitis C?

7) ¿Para ser infectado con la hepatitis C es necesario ya haber pasado antes por las hepatitis A y B?

8) ¿Quién tiene hepatitis C siente algún síntoma?

9) ¿Usted ya hizo cualquier examen para saber se tiene o tuvo hepatitis?

IV – RESULTADOS DE LAS DOS ENCUESTAS

4.1 – RESULTADO DE LA ENCUESTA SOBRE El CONOCIMIENTO ENTRE LOS ASOCIADOS BRASILEÑOS DEL GRUPO OPTIMISMO

1) ¿La hepatitis C puede ser transmitida socialmente por el compartimiento de cubiertos, copos, platos, toallas, sábanas o cualquier utensilio?: No 96% – Sí 4%
Comentario específico: Excelente nivel de conocimiento sobre formas de transmisión entre infectados y familiares.

2) ¿La hepatitis C es fácilmente transmitida por el sexo?: No 86% – Sí 14%
Comentario específico: Excelente nivel de conocimiento sobre la posibilidad de transmisión sexual encontrada entre infectados y familiares.

3) ¿La hepatitis C es transmitida por el beso?: No 96% – Sí 4%
Comentario específico: Excelente nivel de conocimiento sobre formas de transmisión entre infectados y familiares.

4) ¿La cantidad de virus (carga viral) es importante en la progresión de la enfermedad?: Sí 83% – No 17%
Comentario específico: Desinformación muy grande entre los infectados. En la hepatitis C la carga viral no indica agresividad del virus ni el grado de daño existente en el hígado. La carga viral es un indicador de gravedad de la enfermedad en el SIDA y en la hepatitis B, pero en la hepatitis C el único objetivo de la carga viral es la de pronosticarse las posibilidades de respuesta terapéutica y de acompañar el tratamiento, mediante la cual el médico puede saber si es necesario continuar o interrumpir el mismo.

5) ¿Existe la cura de la hepatitis C?: Sí 79% – No 21%
Comentario específico: Excelente nivel de conocimiento sobre la posibilidad de cura definitiva de la enfermedad en aquéllos que consiguen suceso con el tratamiento.

6) ¿Cuál su relación con a hepatitis C? (portador, familiar, amigo, profesional del área de la salud, interesado): 2.004 portadores (infectados); 340 familiares de infectados; 53 compañeros de trabajo o amigos; 182 profesionales del área de la salud y, 131 declaran ser simplemente interesados en la tema.
Comentario específico: noventa y tres por ciento de los que participaron de la pesquisa están directamente relacionados con el problema.

4.2 – RESULTADO DE LA ENCUESTA SOBRE El CONOCIMIENTO EN LA POBLACIÓN BRASILEÑA EN GENERAL

1) ¿Usted ya escucho hablar en hepatitis C?: Sí 78% – No 22%.
Comentario especifico: Aparentemente la divulgación de la hepatitis C en lo referente a tener oído hablar es razonable.

2) ¿Conoce o ya conversó con alguien qué tiene hepatitis C?: Sí 47% – No 53%.
Comentario especifico: También en este punto parece ser razonable el número de individuos que conoce a alguien infectado con hepatitis C.

3) ¿La hepatitis C es una enfermedad igual al SIDA?: Sí 27% – No 73%
Comentario específico: En la población en general tres de cada cuatro individuos saben diferenciar como diferentes las dos enfermedades.

4) Existen más personas con: ¿SIDA? ¿44%, Hepatitis C? 19% – ¿el número es igual? 11% – No supieron informar 26%.
Comentario especifico: Desconocimiento muy grande de la dimensión de la epidemia de hepatitis C, la cual es cinco veces superiora la epidemia de SIDA. Desconsiderando los que no supieron responder, 60% de la población tiene una información errada de la dimensión de la epidemia.

5) ¿Sabría informar si la transmisión de la hepatitis C puede acontecer por alguna de las siguientes formas?: Por el Aire 3% – Por el Agua 4% – Por la sangre 49% – Por el Sexo 21% – Por el Beso 9% – No supieron informar 14%.
Comentario específico: Solamente la mitad de la población sabe correctamente que la hepatitis C es una enfermedad transmitida por la sangre.

6) ¿Existe vacuna para evitar la hepatitis C?: Sí 51% – No 28% – No supieron informar 21%.
Comentario especifico: Desconsiderando los que no supieron opinar, sesenta y cinco por ciento de la población afirma creer que existe vacuna para prevenir la hepatitis C.

7) ¿Para ser infectado con la hepatitis C es necesario ya haber pasado antes por las hepatitis A y B?: Sí 11% – No 72% – No supieron informar 17%.
Comentario específico: Tres de cada cuatro individuos respondieron correctamente, afirmando que no existe relación entre las diversas hepatitis.

8) ¿Quién tiene hepatitis C siente algún síntoma?: Sí 48% – No 31% – No supieron informar 21%.
Comentario especifico: Desconsiderando los que no supieron responder, un sesenta por ciento de la población cree que los infectados con la hepatitis C presentan síntomas, sean estas físicos o clínicos. 9) ¿Usted ya hizo examen para saber si tiene o tuvo hepatitis?: Sí 33% – No 67%.
Comentario especifico: Un en cada tres individuos informa que en alguna ocasión haber realizado un examen de detección de alguna hepatitis (sin especificar cual hepatitis), sea en una donación de sangre, un pre-operatorio o específicamente en una consulta médica.

V – CONCLUSIONES CONSOLIDADAS DE LAS DOS ENCUESTAS

– Setenta y ocho por ciento de la población informan haber escuchado hablar en la hepatitis C, aparentemente un hecho positivo, pero aunque tuviesen oído hablar de la hepatitis C, al se confrontar este resultado con aquéllos 65% que creen existir una vacuna para hepatitis C, queda evidente que un gran porcentual confunde las hepatitis no sabiendo diferenciar entre las hepatitis A, B o C, lo que ocasiona una distorsión en la respuesta sobre la información de ya tener oído hablar en hepatitis C.

– Setenta y tres por ciento de la población respondieron que hepatitis C y el SIDA son enfermedades diferentes, pero al se preguntar en cual de las dos epidemias existe mayor número de infectados, 60% de los que supieron responder afirmaron ser el SIDA una enfermedad que alcanza un mayor numero de personas, ignorando que el número de infectados en el mundo por la hepatitis C, según la OMS, es cinco veces superior a la epidemia de SIDA. En Brasil es estimado un número siete veces superior. Es evidente un desconocimiento muy grande en cuanto al alcance de la hepatitis C, fruto de la falta de campañas de divulgación.

– Es altamente preocupante el hecho que 65% de la población que supo responder cree existir una vacuna para prevenir la hepatitis C. La confusión con la hepatitis B parece ser la causa de eso. La población escucha hablar “hepatitis” y no sabe diferenciar de cual se trata.

– Mitad de la población sabe que la transmisión de la hepatitis C es una enfermedad que se transmite por la sangre, pero otra mitad desconoce la forma de transmisión o absurdamente cree que es posible se contagiar hasta por el aire o por el agua.

– Un sesenta por ciento de la población informan que la hepatitis C presenta síntomas, un resultado preocupante, ya que en general las hepatitis B y C son totalmente sin la presencia de síntomas. Es esa falta de síntomas que dificulta el diagnostico de la enfermedad, pues el individuo cree que sin síntomas no ésta infectado con cualquiera de las hepatitis. Este desconocimiento acarrea una falta de interés en la realización de la prueba de detección.

– En la población en general, uno de cada tres individuos informa haber realizado en alguna época de la vida alguna prueba para alguna de las hepatitis, sea en donaciones de sangre, exámenes de rutina o como pre-operatorio. Descontando las situaciones especiales es de estimarse que el número de los que procuraron específicamente la prueba de detección es insignificante.

– Entre los infectados y familiares el nivel de información con relación a la transmisión en el hogar es satisfactorio. La gran mayoría sabe que no existe transmisión por compartir platos, cubiertos, toallas, etc., y que el beso no ocasiona el contagio. Solamente 14% afirman que ella es transmitida sexualmente.

– Ocho de cada 10 infectados o familiares sabe que existe la posibilidad de cura de la hepatitis C.

– Es grande la desinformación con relación a la importancia de la carga viral en la progresión de la hepatitis C. Ochenta y tres por ciento respondieron erradamente que ella es importante, desconociendo que en la hepatitis C la utilidad de la carga viral tiene como único objetivo acompañar el tratamiento.

VI – RECOMENDACIONES

Con los resultados obtenidos en esta pesquisa verificamos que es necesario se modificar la forma de dialogo en la divulgación de informaciones sobre la hepatitis C, debiendo siempre dar cuidado especial a la confusión que existe entre las hepatitis A, B y C.

Al se dirigir a portadores y familiares de infectados es necesario informar sobre la carga viral y la transmisión sexual, para que los infectados posean un mayor nivel de información sobre el acompañamiento de la enfermedad y sus consecuencias.

Ya en las informaciones para la población en general son muchas y variadas las informaciones necesarias. El resultado puede ser resumido se afirmando que dos de cada tres personas no tienen a menor noción sobre la hepatitis C, empeorando la situación ya que mayoría de ellas posee informaciones totalmente incorrectas.

La falta de campañas de información y alerta llevan al cuadro dramático encontrado en la investigación aplicada en la población en general. Trabajos futuros podrán detallar cada uno de los puntos encontrados en esta pesquisa, profundizando el cuadro de informaciones.

Cabe a la industria farmacéutica, a las Sociedades Médicas y a las organizaciones de la Sociedad Civil se envolver de forma plena en la divulgación de informaciones correctas, incentivando la curiosidad por la realización de la prueba de detección, mostrando que no es necesario presentar síntomas para estar infectado y, que cualquier individuo puede estar infectado, sin necesariamente hacer parte de uno de los grupos de mayor incidencia.

Ante la falta de campañas por parte del gobierno cabe alertar a toda la población sobre la necesidad de realizar la prueba de detección.

Con el resultado obtenido por la pesquisa la recomendación final es que al realizar la próxima consulta médica, todos deberían discutir con el médico la necesidad de realizar la prueba de detección de las hepatitis (hepatitis B y C). La detección precoz es fundamental para lograr la cura de la hepatitis

VII – AGRADECIMIENTO A LOS COLABORADORES Y VOLUNTARIOS

Fueron muchos los voluntarios (médicos, profesores universitarios, Centros de Detección y Acompañamiento, Centros de Salud de diversos pueblos, laboratorios de exámenes, etc.) que anónimamente se involucraron en el levantamiento de los datos, destacamos la colaboración en el trabajo de los siguientes grupos de apoyo a los pacientes:

BA – Salvador – Grupo Voluntad de Vivir
CE – Fortaleza – ABC VIDA
MA – San Luís – Grupo UNA-C
PA – Belem – APAF
RJ – Niteroi – Grupo Génesis
RS – MARAU – AMHE-C
RS – Porto Alegre – Grupo HepatCheVida!!!
RS – Rio Grande – NAPHC
SC – Florianópolis – Grupo Hércules
SP – Osasco – GAPHOR

A todos, agradecemos en esta importante tarea que mucho estará ayudando para mejorar la forma de presentación y los objetivos de la comunicación con la población al se divulgar la hepatitis C.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


IMPORTANTE: Los artículos se encuentran en orden cronológico. El avanzo del conocimiento en las pesquisas puede tornar obsoleta cualquier colocación en pocos meses. Encontrando colocaciones diversas que puedan ser consideradas controversias siempre debe se considerar la información más actual, con fecha de publicación más reciente.


Carlos Varaldo y el Grupo Optimismo declaran que no tienen relaciones económicas relevantes con eventuales patrocinadores de las diversas actividades.


Aviso legal: Las informaciones de este texto son meramente informativas y no pueden ser consideradas ni utilizadas como indicación médica.


Es permitida la utilización de las informaciones contenidas en este mensaje si se cita la fuente: WWW.HEPATO.COM


El Grupo Optimismo es afiliado a AIGA – ALIANZA INDEPENDIENTE DE GRUPOS DE APOYO[:]