[:pb]Epidemiologia – São os infectados ou a hepatite C que está envelhecendo? – EASL 2017[:es]Epidemiología – ¿Son los infectados o la hepatitis C qué está envejeciendo? – EASL 2017[:]

1940

[:pb]

Os inquéritos populacionais realizados na Itália e na Espanha podem ser representativos do atual desafio para o sistema de saúde no enfrentamento da epidemia de hepatite C. Os resultados desses estudos devem servir de alerta para todos os países do mundo.

Um desses estudos, feito na Itália (1) em 2015 realizou o teste anti-HCV em indivíduos com mais de 20 anos de idade de 5 grandes áreas urbanas em pessoas atendidas por clínicos gerais.

O anti-HCV foi realizado na saliva de 4.907 indivíduos e todos os positivos confirmados por biologia molecular e a transaminase ALT foi realizada nos indivíduos positivos.

Entre os 4.907 testados foram encontrados 112 (2,3%) anti-HCV positivos. Ao separar por faixa etária somente 0,2% dos positivos se encontravam com menos de 30 anos de idade e na faixa de mais de 70 anos a prevalência era de 6%, esta faixa de idade correspondeu a 42,8% de todos os indivíduos positivos no anti-HCV.

Pela biologia molecular o RNA-HCV foi detectado em 1,7% de toda a população estudada.

Concluem os autores do estudo italiano que o número estimado de 3 milhões de indivíduos infectados com hepatite C nos anos 90 era exagerado e na realidade na atualidade 1,7% de infectados representam 1,1 milhões de infectados com hepatite C e, considerando que a maioria dos infectados se encontram com idade superior aos 70 anos o impacto da infecção estará diminuindo com o esgotamento natural do reservatório do vírus em idosos.


Um segundo estudo realizado na Espanha (2) relata que o último inquérito foi realizado em Madrid em 2009 e que não existem dados atualizados sobre a prevalência da hepatite C no país e, mais importante, sobre quantos têm realmente a infecção ativa.

Foi então realizado um estudo epidemiológico transversal de base populacional entre os anos de 2015 e 2016 em Santander, Madrid e Valencia. Os participantes foram selecionados aleatoriamente, estratificando por idade, residente em área urbana ou rural e condição socioeconômica.

No total foram incluídos 6.839 indivíduos em três grupos de idade, um grupo com pessoas com idade entre 20 e 35 anos com 1.077 integrantes, um segundo grupo de 2.908 indivíduos com idade entre 36 e 50 anos e um terceiro grupo com 2.854 indivíduos com idades entre 51 e 70 anos de idade.

No total 1,11% (76 indivíduos) resultaram positivos ao anti-HCV e entre eles 31 apresentavam RNA-HCV (carga viral) positiva, indicando uma prevalência real de infectados de 0,45% da população testada.

Na faixa de idade entre 20 e 35 anos, o anti-HCV positivo foi encontrado em 0,37% dos testados.

Na faixa de idade entre 36 e 50 anos, o anti-HCV positivo foi encontrado em 1,27% dos testados.

Na faixa de idade entre 51 e 70 anos, o anti-HCV positivo foi encontrado em 1,22% dos testados.

Finalmente, 17,8% dos 6.839 indivíduos apresentavam elevação das transaminases e / ou valores maiores na elastografia do fígado, o que foi maiormente encontrado nos indivíduos do grupo de idade entre 51 e 70 anos.

Concluem os autores do estudo espanhol que a prevalência do anti-HCV foi de 1,1%, notavelmente menor do encontrado em estudos anteriores e curiosamente a prevalência da infecção ativa foi inferior a 50% dos pacientes com anti-HCV positivo, alertando que esses resultados podem ser fundamentais para a estruturação de ações a médio e longo prazo para reduzir a carga da doença.

MEUS COMENTÁRIOS

A importância destes dois estudos mostra que os infectados com hepatite C estão envelhecendo e pelo sangue seguro, medidas de biossegurança e material de injeção descartável poucos jovens estão se infectando, com baixa prevalência de hepatite C entre eles.

Esses dados de uma população idosa infectada com hepatite C é facilmente comprovada nos hospitais e ambulatórios, onde raramente encontramos jovens em tratamento, já que são poucos os novos infectados.

Curiosa, mas verdadeira, é a conclusão do estudo italiano que considera que a maioria dos infectados se encontram com idade superior aos 70 anos e, portanto, o impacto da infecção estará diminuindo com o esgotamento natural do reservatório do vírus em idosos, isto é, para bom entendedor, é falar que muitos deles estarão morrendo daqui a 10 ou 20 anos.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
(1 – Estudo Italiano) – Declining prevalence and increasing awareness of hepatitis C virus infection in Italy: A population-based survey – Angelo Andriulli, Tommaso Stroffolini, Maria Rosa Valvano, Ignazio Grattagliano, Antonio Massimo Ippolito, Adriano Grossi, Giuseppina Brancaccio, Christian Coco, Maurizio Russello, Antonina Smedile, Elisa Petrini, Silvia Martini, Giovanni Battista Gaeta, Mario Rizzetto – EASL 2017 – Abstract THU-182

(2 – Estudo Espanhol) – Prevalence of hepatitis C in the spanish population. the prevhep study (ethon cohort) Antonio Cuadrado Lavin, Christie Perello, Susana Llerena, Maca Gomez, María D. Escudero, Luis Rodriguez, Angel Estebanez, Bea Gamez, Laura Puchades, Joaquin Cabezas, Miguel A. Serra, Jose L. Calleja, Javier Crespo – EASL 2017 – Abstract THU-190

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com


IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.


Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.


Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação medica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte: WWW.HEPATO.COM


O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]

Los estudios en la población realizados en Italia y en España pueden ser representativos del actual desafío para el sistema de salud en el enfrentamiento de la epidemia de hepatitis C. Los resultados de esos estudios deben servir de alerta para todos los países del mundo.

Uno de esos estudios, hecho en Italia (1) en 2015 realizó la prueba anti-HCV en individuos con más de 20 años de edad de 5 grandes áreas urbanas en personas atendidas por generalistas.

El anti-HCV fue realizado en la saliva de 4.907 individuos y todos los positivos confirmados por biología molecular y la transaminasa ALT fue realizada en los individuos positivos.

Entre los 4.907 testados fueron encontrados 112 (2,3%) anti-HCV positivos. Al separar por faja de edad solamente 0,2% de los positivos se encontraban con menos de 30 años de edad y en la faja de más de 70 años la prevalencia era del 6%, esta faja de edad correspondió a 42,8% de todos los individuos positivos en el anti-HCV.

Por la biología molecular el RNA-HCV fue detectado en un 1,7% de toda la población estudiada.

Concluyen los autores del estudio italiano que el número estimado de 3 millones de individuos infectados con hepatitis C en los años 90 era exagerado y en la realidad en la actualidad 1,7% de infectados representan 1,1 millones de infectados con hepatitis C y, considerando que la mayoría de los infectados se encuentran con edad superior a los 70 años el impacto de la infección estará disminuyendo con el agotamiento natural del reservatorio del virus en las personas de mayor edad.


Un segundo estudio realizado en España (2) relata que el último levantamiento fue realizado en Madrid en 2009 y que no existen datos actualizados sobre la prevalencia de la hepatitis C en el país y, más importante, sobre cuántos tienen realmente la infección activa.

Fue entonces realizado un estudio epidemiológico transversal de base en la población entre los años de 2015 y 2016 em Santander, Madrid y Valencia. Los participantes fueron seleccionados aleatoriamente, estratificando por edad, residente en área urbana o rural y condición socioeconómica.

En el total fueron incluidos 6.839 individuos en tres grupos de edad, un grupo con personas con edad entre 20 y 35 años con 1.077 integrantes, un segundo grupo de 2.908 individuos con edad entre 36 y 50 años y un tercer grupo con 2.854 individuos con edades entre 51 y 70 años de edad.

En el total 1,11% (76 individuos) resultaron positivos al anti-HCV y entre ellos 31 presentaban RNA-HCV (carga vírica) positiva, indicando una superioridad real de infectados del 0,45% de la población testada.

En la faja de edad entre 20 y 35 años, el anti-HCV positivo fue encontrado en un 0,37% de los testados.

En la faja de edad entre 36 y 50 años, el anti-HCV positivo fue encontrado en un 1,27% de los testados.

En la faja de edad entre 51 y 70 años, el anti-HCV positivo fue encontrado en un 1,22% de los testados.

Finalmente, 17,8% de los 6.839 individuos presentaban elevación de las transaminasas y / o valores mayores en la elastografia del hígado, lo que fue mayormente encontrado en los individuos del grupo de edad entre 51 y 70 años.

Concluyen los autores del estudio español que la prevalencia del anti-HCV fue del 1,1%, notablemente menor del encontrado en estudios anteriores y curiosamente la prevalencia de la infección activa fue inferior a 50% de los pacientes con anti-HCV positivo, alertando que esos resultados pueden ser fundamentales para la estructuración de acciones a medio y largo plazo para reducir la carga de la enfermedad.

MIS COMENTARIOS

La importancia de estos dos estudios muestra que los infectados con hepatitis C están envejeciendo y por la sangre segura, medidas de bioseguridad y material de inyección desechable pocos jóvenes están se infectando, con baja prevalencia de hepatitis C entre ellos.

Esos datos de una población de edad infectada con hepatitis C es fácilmente comprobada en los hospitales y ambulatorios, donde raramente encontramos jóvenes en tratamiento, ya que son pocos los nuevos infectados.

Curiosa, pero verdadera, es la conclusión del estudio italiano que considera que la mayoría de los infectados se encuentran con edad superior a los 70 años y, por tanto, el impacto de la infección estará disminuyendo con el agotamiento natural del reservatorio del virus en de edad, esto es, para buen entendedor, es decir que muchos de ellos estarán muriendo de aquí a 10 o 20 años.

Este artículo fue redactado con comentarios e interpretación personal de su autor, tomando como base la siguiente fuente:
(1 – Estudo Italiano) – Declining prevalence and increasing awareness of hepatitis C virus infection in Italy: A population-based survey – Angelo Andriulli, Tommaso Stroffolini, Maria Rosa Valvano, Ignazio Grattagliano, Antonio Massimo Ippolito, Adriano Grossi, Giuseppina Brancaccio, Christian Coco, Maurizio Russello, Antonina Smedile, Elisa Petrini, Silvia Martini, Giovanni Battista Gaeta, Mario Rizzetto – EASL 2017 – Abstract THU-182

(2 – Estudo Espanhol) – Prevalence of hepatitis C in the spanish population. the prevhep study (ethon cohort) Antonio Cuadrado Lavin, Christie Perello, Susana Llerena, Maca Gomez, María D. Escudero, Luis Rodriguez, Angel Estebanez, Bea Gamez, Laura Puchades, Joaquin Cabezas, Miguel A. Serra, Jose L. Calleja, Javier Crespo – EASL 2017 – Abstract THU-190

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


IMPORTANTE: Los artículos se encuentran en orden cronológico. El avanzo del conocimiento en las pesquisas puede tornar obsoleta cualquier colocación en pocos meses. Encontrando colocaciones diversas que puedan ser consideradas controversias siempre debe se considerar la información más actual, con fecha de publicación más reciente.


Carlos Varaldo y el Grupo Optimismo declaran que no tienen relaciones económicas relevantes con eventuales patrocinadores de las diversas actividades.


Aviso legal: Las informaciones de este texto son meramente informativas y no pueden ser consideradas ni utilizadas como indicación médica.


Es permitida la utilización de las informaciones contenidas en este mensaje si se cita la fuente: WWW.HEPATO.COM


El Grupo Optimismo es afiliado a AIGA – ALIANZA INDEPENDIENTE DE GRUPOS DE APOYO[:]