[:pb]Inexplicáveis diferencias regionais no acesso ao tratamento da hepatite C no Brasil[:es]Diferencias regionales inexplicables en el acceso al tratamiento de la hepatitis C en Brasil[:]

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[:pb]Nos últimos dois anos os sete estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil foram responsáveis por 83% dos tratamentos de hepatite C, o que dá uma média de 3.097 tratamentos para cada estado a cada ano.

Os restantes 17% dos tratamentos são referentes aos 20 estados que compõem as regiões Centro, Norte e Nordeste, ficando cada estado numa média de 215 tratamentos para estado a cada ano.

Não existe explicação plausível para tamanha diferença. Como é possível que os estados do Sul e Sudeste consigam tratar 14 vezes mais infectados que os outros estados do Brasil.

A prevalência da hepatite C é distribuída de forma homogênea no Brasil, com poucas diferenças entre os estados, conforme encontrou o inquérito nacional, portanto, é possível suspeitar que somente as regiões Sul e Sudeste estão realmente comprometidas no enfrentamento da epidemia e oferecendo tratamento aos infectados.

Comparando o número de tratamentos com a distribuição de testes rápidos para hepatite C no primeiro semestre do ano de 2019, é possível identificar que dos 4,5 milhões de testes enviados aos estados, 46% foram destinados as regiões Sul e Sudeste, correspondendo em média a 303 mil testes rápidos por estado e, 54% dos testes foram enviados as regiões Centro, Norte e Nordeste, correspondendo em média a 121 mil testes rápidos para cada um dos 20 estados.

Projetando o mesmo envio de testes rápidos até o final deste ano, podemos estimar que nos estados das regiões Sul e Sudeste, para cada teste recebido, 0,5% das pessoas testadas recebe tratamento (3.097 tratamentos versus 606.000 testes rápidos), ou, em outras palavras, de cada 195 pessoas que realizaram o teste rápido, uma recebe tratamento nas regiões Sul e Sudeste.

Fazendo o mesmo cálculo para as regiões Centro, Norte e Nordeste, é possível estimar que em cada estado, para cada teste recebido, menos 0,1% recebe tratamento.  (215 tratamentos versus 242.000 testes rápidos) ou, em outras palavras, de cada 1.125 pessoas que realizaram o teste rápido, somente um infectado recebe tratamento nas regiões Centro, Norte e Nordeste.

Alguma explicação para a existência de esses dois países que existem no mesmo Brasil?

MEUS COMENTÁRIOS

A análise é parte de um estudo maior, em andamento, muito mais aprofundado, estudando cada um dos vinte seis estados e o distrito federal que será apresentado em congresso próximo.

Por enquanto estamos divulgando somente a distribuição de tratamentos nos anos de 2017 e 2018. A distribuição de testes rápidos é referente a 2019, mas as quantidades são praticamente idênticas a distribuição de 2018 no primeiro semestre.

Não é possível se conhecer o número de tratamentos distribuídos em 2019 já que o  Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) ainda não publicou as grades de distribuição dos primeiro e segundo trimestre de 2019.

As informações sobre a distribuição dos medicamentos aos estados são necessárias para a sociedade civil poder realizar o controle social garantido na Constituição Federal e na Lei do SUS. Poderíamos utilizar o caminho de conseguir os dados pela via da Lei da Acesso à Informação, mas esse é um caminho extremo que pelo momento não desejamos utilizar.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com

IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.

Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.

Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação médica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte:
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O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]En los últimos dos años, los siete estados en las regiones Sur y Sudeste de Brasil han representado el 83% de los tratamientos para la hepatitis C, dando un promedio de 3.097 tratamientos para cada estado a cada año.

El 17% restante de los tratamientos se refieren a los 20 estados que conforman las regiones de Centro, Norte y Nordeste, y cada estado REALIZA un promedio de 215 tratamientos por estado a cada año.

No existe una explicación plausible para tal diferencia. Como es posible que los estados del Sur y Sudeste puedan tratar 14 veces más infectados que los otros estados de Brasil.

La prevalencia de la hepatitis C se distribuye homogéneamente en Brasil, con pocas diferencias entre los estados, según fue encontrado por la encuesta nacional, por lo que es posible sospechar que solo las regiones del Sur y Sudeste están realmente comprometidas a enfrentar la epidemia y ofrecer tratamiento a los infectados.

Al comparar el número de tratamientos con la distribución de pruebas rápidas para la hepatitis C en el primer semestre de 2019, es posible identificar que de los 4.5 millones de pruebas enviadas a los estados, el 46% se destinó al Sur y al Sureste, lo que corresponde en promedio 303.000 pruebas rápidas por estado y el 54% de las pruebas rápidas se enviaron a las regiones de Centro, Norte y Nordeste, lo que corresponde en promedio a 121.000 pruebas para cada uno de los 20 estados.

Proyectando el mismo envío de pruebas rápidas hasta el final de este año, podemos estimar que, en las regiones Sur y Sudeste, por cada prueba recibida, 0.5% de las personas testadas reciben tratamiento (3.097 tratamientos versus 606.000 pruebas rápidas por estado) o, en otras palabras, de cada 195 personas que han realizado la prueba rápida una persona infectada recibe tratamiento en lla región Sur y Sudeste de Brasil.

Al hacer el mismo cálculo para las regiones Centro, Norte y Nordeste, es posible estimar que, en cada estado, por cada prueba recibida, menos 0.1% recibe tratamiento. (215 tratamientos versus 242,000 pruebas rápidas) o, en otras palabras, de cada 1,125 personas que tomaron la prueba rápida solamente un infectado recibe tratamiento en las as regiones Centro, Norte y Nordeste.

¿Alguna explicación para la existencia de estos dos países que existen en el mismo Brasil?

MIS COMENTARIOS

El análisis es parte de un estudio más amplio, mucho más profundo estudiando cada uno de los veintiséis estados y el distrito federal.

Por ahora solo estamos divulgando la distribución de tratamientos en 2017 y 2018. La distribución de pruebas rápidas es de 2019, pero las cantidades son prácticamente idénticas a la distribución del primero semestre de 2018.

No es posible saber la cantidad de tratamientos distribuidos en 2019 ya que el Departamento de Enfermedades de Enfermedades Crónicas e Infecciones de Transmisión Sexual (DCCI) aún no ha publicado las planillas de distribución para el primer y segundo trimestre de 2019.

La información sobre la distribución de medicamentos a los estados es necesaria para que la sociedad civil pueda llevar a cabo el control social garantizado por la Constitución Federal y la Ley del Sistema Público de Salud. Podríamos usar el camino de obtención de datos a través de la Ley de Acceso a la Información, pero esta es una forma extrema que no queremos usar por el momento.

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Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 

IMPORTANTE: Los artículos se encuentran en orden cronológico. El avanzo del conocimiento en las pesquisas puede tornar obsoleta cualquier colocación en pocos meses. Encontrando colocaciones diversas que puedan ser consideradas controversias siempre es importante considerar la información más actual, con fecha de publicación más reciente.

Carlos Varaldo y el Grupo Optimismo declaran que no tienen relaciones económicas relevantes con eventuales patrocinadores de las diversas actividades.

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