[:pb]Um estudo para determinar a fonte de detecção da hepatite C no Brasil Realizada pelo Grupo Otimismo[:es]Un estudio para determinar la fuente de detección de la Hepatitis C en Brasil Realizado por el Grupo Optimismo[:]

1547

[:pb]Resumo

Poucas informações estatísticas existem sobre a hepatite C no Brasil. Os dados oficiais são falhos, não existe um fluxo definido claramente quanto às responsabilidades na notificação dos casos nem controle sobre as informações. A pesar de se tratar de uma doença de notificação compulsória os números disponibilizados pela Secretaria de Vigilância Epidemiológica com 7.998 casos notificados para todo Brasil no ano de 2005 são irrisórios demonstrando a sub-notificação existente no país.

Ante a inexistência de dados que respondam à questão daquilo que é considerada a “porta de entrada” no diagnostico, a presente pesquisa realiza uma analise retrospectiva nos pacientes já detectados, pesquisando por meio eletrônico como se deu o diagnostico da doença e qual o conhecimento sobre a mesma, antes e após seu diagnostico.

Devido ao elevado numero da amostra, com a participação espontânea de 1.629 indivíduos os dados, apesar de só incluir entrevistas por meio eletrônico refletem a realidade da situação encontrada, compensando qualquer distorção por classes sociais ou facilidade de acesso a internet.

Métodos

Foi solicitado aos associados do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite que voluntariamente e anonimamente respondessem nove questões preparadas especialmente para a pesquisa. As entrevistas foram anônimas e somente a cidade de moradia, a qual será utilizada para futuros estudos, foi solicitada.

Participaram espontaneamente 1.629 indivíduos respondendo a nove quesitos, alguns deles colocados estrategicamente para confirmação do conhecimento da hepatite C e da qualidade da resposta.

A primeira questão tentava responder se o individuo tinha conhecimento de alguma campanha do governo divulgando ou alertando sobre a hepatite C.

A segunda questão pesquisou o nível de informação dos já diagnosticados perguntando se os familiares já tinham sido testados para a hepatite C, conforme recomendam todos os consensos sobre a doença.

Quatro perguntas estavam relacionadas aos Centros de Testagem a Aconselhamento, os chamados CTA, objetivo do Programa Nacional de hepatites Virais para serem utilizados como locais de testagem para a população. Para tal foram elaboradas perguntas onde se solicitava informar sobre o conhecimento da existência de algum CTA; para se saber se já tinha presenciado a existência de algum cartaz informando sobre a possibilidade de realizar o teste de detecção no CTA; se pessoalmente já conhecia o endereço do CTA e finalmente se sabia qual a função do CTA.

A sétima pergunta tentava por meio de ela identificar se o participante da pesquisa era freqüentador de um posto de saúde, unidade básica de saúde ou hospital público. Para tal, com três possibilidades de resposta foi possível efetuar o calculo percentual de usuários do sistema de saúde pública que participaram da pesquisa.

A oitava pergunta indagou sobre o motivo que levou o participante a realizar o teste da hepatite C e, na nona e ultima questão os participantes indicaram o local onde o teste foi realizado.

Resultados

PERGUNTA NÚMERO 1) Você já viu alguma campanha do governo divulgando ou alertando sobre a hepatite C?
ATENÇÃO: A formulação desta pergunta foi revista e ampliada quando foram recebidos e-mails afirmando ter vistos filmes publicitários com os atores Cissa Guimarães, José Wilker, Cristiana Oliveira, Patrícia Pillar e Miguel Falabella e, também, o do “Bichinho Verde” pensando se tratar de anúncios governamentais. Assim, a partir dos 500 participantes foi incluído um esclarecimento dentro da pergunta, esclarecendo que todos esses filmes eram de autoria do Grupo Otimismo.

O resultado foi claro ao mostrar que na população em geral 114 (7%) pessoas já observaram ou tiveram conhecimento de algum tipo de propaganda governamental alertando sobre a hepatite C, contra 1.513 (93%) dos participantes que nunca observou nenhum alerta sobre a doença realizado pelo governo.

PERGUNTA NÚMERO 2) Se você é portador da hepatite C, seus familiares já fizeram o teste para saber se estão infectados?

Em relação à necessidade da família ou parceiros dos infectados com a hepatite C realizarem, também, o teste de detecção, conformem recomendam os consensos, foi encontrado que 532 (33,2%) dos casos detectados a família ou os parceiros ainda não foram testados. Um resultado preocupante demonstrando que as recomendações de consenso sobre a necessidade de testar a família não estão sendo seguidas.

PERGUNTA NÚMERO 3) O teste de detecção das hepatites B e C pode ser realizado em alguns dos chamados Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Você sabe se na sua cidade existe algum CTA?

De um total de 1.625 respostas relativas a esta pergunta, 377 (23,2%) sabem que na sua cidade existe um CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) sendo desconhecida sua existência para 1.248 (76,8%) pessoas.

PERGUNTA NÚMERO 4) Já viu algum cartaz ou anúncio informado onde fica o CTA?

Um total de 1.536 (94,6%) pessoas informaram nunca terem visto qualquer cartaz ou anuncio em hospitais ou postos de saúde informando o endereço do CTA. Somente 87 pessoas (5,4%) responderam afirmativamente.

PERGUNTA NÚMERO 5) Sabe o endereço onde fica o CTA da sua cidade?

Dos 377 que afirmaram saber da existência somente 254 conhecem sua localização. Do total, 1.359 (84,3%) pessoas não sabem onde se localiza o CTA.

PERGUNTA NÚMERO 6) Você sabia o que é um CTA, qual a função dele?

De um total de 1.616 respostas a esta pergunta, 396 (24,5%) sabem que um CTA é um centro de testagem, contra 1.220 (75,6%) que desconhece qual e a sua função.

PERGUNTA NÚMERO 7) O posto de saúde ou o hospital que você freqüenta realizam testes de detecção das hepatites B e C a quem o solicitar?

Esta pergunta foi realizada para tentar identificar a origem dos indivíduos participantes da pesquisa. É observado que 585 (36%) pessoas souberam responder se o posto de saúde ou hospital que ele freqüenta realiza testes de detecção, indicando que estes podem ser pacientes que são atendidos no serviço publico. 1.040 (64%) não souberam informar, indicando que freqüentam consultórios e hospitais particulares.

Entre os 585 que souberam responder, 354 (60,5%) informaram que os testes são feitos nesses locais públicos, contra 231 (39,5%) que informaram que não são realizados.

PERGUNTA NÚMERO 8) Como foi que você recebeu a indicação para realizar o teste de detecção da hepatite C?

De um total de 1.541 respostas, 914 (59,3%) realizaram o teste de detecção por solicitação após a realização de uma consulta médica; 168 (10,9%) por indicação de uma outra pessoa; 70 (4,6%) por um alerta recebido por meio de alguma atividade realizada por uma ONG e, 389 (25,2%) realizaram o teste ao efetuar uma doação de sangue, de forma espontânea, sem procurar especificamente por um teste de hepatite.

O resultado mostra que 74,8% das pessoas procuram à realização do teste e 25,2% foram diagnosticadas ao realizar uma doação de sangue.

PERGUNTA NÚMERO 9) O teste de detecção da hepatite C foi realizado em que local?

De um total de 1.553 respostas a esta pergunta, 1.033 (66,5%) realizaram o teste de detecção da hepatite C em laboratório particular; 134 (8,6%) foram detectados em hospitais públicos; 57 (3,7%) em postos de saúde (unidades básicas de saúde); 28 (1,8%) nos Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA e, 301 (19,4%) confirmaram a hepatite C nos próprios bancos de sangue onde espontaneamente realizaram uma doação de sangue.

Conclusões:

A pesquisa eletrônica totalizando um universo médio de 1.550 participantes apresenta de forma inédita pela primeira vez no Brasil um quadro real sobre a detecção da hepatite C mostrando qual foi o caminho escolhido para se chegar à detecção da doença.

É necessário considerar que as camadas mais humildes da população possuem acesso limitado à internet, assim, uma pequena distorção poderá existir em relação ao quadro geral, mas pelo elevado número de participantes e o resultado da pergunta de número sete o resultado apresenta uma assertividade muito próxima da realidade.

A mínima detecção nos chamados CTA – Centros de Testagem e Aconselhamento confirma o resultado encontrado pela Comissão de Monitoramento do Programa Nacional de Hepatites. Esta comissão, formada por representantes das associações de pacientes realizou um levantamento detalhado dos CTA, verificando que o desconhecimento deste serviço e grande na população em geral, e, sua abrangência muito pequena já que são encontrados em somente 200 dos quase seis mil municípios brasileiros.

Até pouco tempo atrás era verificado nos hospitais de atendimento referenciados para o tratamento das hepatites que a maior procura por atendimento para tratamento da hepatite C era originada pela detecção espontânea realizada nos bancos de sangue ao se efetuar uma doação. Hoje o banco de sangue representa apenas um em cada quatro indivíduos detectados.

O quadro do diagnostico foi invertido e hoje a detecção após uma consulta representa 59,3% dos detectados. Ao se confrontar este dado com o local onde foi realizado o teste o mesmo se confirma ao se verificar que a detecção nos laboratórios particulares representa 66,5%. A diferença de seis por cento a mais ao se comparar a consulta com o laboratório particular e devida a confirmação do teste por indivíduos que receberam um primeiro diagnostico numa doação de sangue e que confirmam o resultado num laboratório particular.

Ao se constatar que entre os que realizaram o diagnostico em laboratórios particulares e bancos de sangue representam 84% dos portadores, podemos verificar, tristemente, que somente 16% dos infectados realizou a detecção num hospital público, ou posto de saúde ou CTA um resultado que sugere que as camadas menos favorecidas da população, os mais pobres, não estão sendo detectados.

O aumento da procura do teste de detecção durante a consulta médica deve ser atribuído ao foco das campanhas realizadas nos últimos três anos pelas ONGs, sejam elas por meio de cartazes, folders e anúncios na TV, sempre com a recomendação expressa de “na próxima consulta fale com seu médico sobre a conveniência de realizar o teste de detecção“.

A indicação “na próxima consulta“, utilizada pelas ONGs nas suas campanhas parece ser o caminho correto para incentivar a detecção da hepatite C, um caminho que os resultados mostram que deve ter continuidade e maior ênfase em toda campanha ou peça publicitária que tenha como objetivo alertar a população sobre o grave problema que representam as hepatites e a importância do diagnostico precoce.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.


Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.


Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação medica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte: WWW.HEPATO.COM


O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]Pocas informaciones estadísticas existen sobre la Hepatitis C en Brasil. Los datos oficiales son fallos, no existe un flujo definido claramente en cuanto a las responsabilidades en la notificación de los casos ni control sobre las informaciones. A pesar de tratarse de una enfermedad de notificación compulsoria los números informados por la Secretaría de Vigilancia Epidemiológica con 7.998 casos notificados para todo Brasil en el año de 2005 son irrisorios demostrando a sub-notificación existente en el país.

Ante la inexistencia de datos que respondan a la cuestión de aquella que es considerada la “puerta de entrada” en el diagnostico, esta pesquisa realiza una analice retrospectiva en los pacientes ya detectados, investigando por medio electrónico como se dio el diagnostico de la enfermedad y cual es el conocimiento sobre la misma, antes y después del diagnostico.

Debido al elevado número de la muestra, con la participación espontánea de 1.629 individuos los datos, a pesar de solo incluir entrevistas por medio electrónico reflejan la realidad de la situación encontrada, compensando cualquier distorsión por clases sociales o facilidad de acceso al internet.

Métodos

Fue pedido a los asociados del Grupo Optimismo de Apoyo al Portador de Hepatitis que voluntariamente y anónimamente respondiesen a nueve preguntas realizadas especialmente para la pesquisa. Las entrevistas fueron anónimas y solamente la ciudad donde vive, la cual será utilizada para futuros estudios, fue pedida.

Participaron espontáneamente 1.629 individuos respondiendo a nueve preguntas, algunas de ellos colocadas estratégicamente para confirmación del conocimiento de la Hepatitis C y de la calidad de la respuesta.

La primera cuestión intentaba saber si el individuo tenía conocimiento de alguna campaña del gobierno divulgando o alertando sobre la Hepatitis C.

La segunda cuestión investigó el nivel de información de los ya diagnosticados preguntando si los familiares ya habían sido testados para la Hepatitis C, según recomiendan todos los consensos sobre la enfermedad.

Cuatro preguntas estaban relacionadas a los Centros de Detección e Información, los llamados a CTA (en Portugués), objetivo del Programa Nacional de Hepatitis Virales para ser utilizados como locales de detección para la población. Para tal fueron elaboradas preguntas donde se solicitaba informar sobre el conocimiento de la existencia de algún CTA; para se saber si ya había presenciado la existencia de algún folleto o cartel informando sobre la posibilidad de realizar la prueba de detección en el CTA; si personalmente ya conocía la dirección en el CTA y finalmente si sabía cual es la función del CTA.

La séptima pregunta intentaba por medio de ella identificar si el participante de la pesquisa era frecuentador de algún servicio de salud del gobierno, unidad básica de salud, algún hospital público. Con tres posibilidades de respuesta fue posible efectuar el cálculo porcentual de usuarios del sistema de salud pública que participaron de la pesquisa.

La octava pregunta indagó sobre el motivo que llevó el participante a realizar la prueba de la Hepatitis C y, en la ultima cuestión los participantes indicaron el local donde la prueba de detección fue realizada.

Resultados

PREGUNTA NÚMERO 1) ¿Usted ya vio alguna campaña del gobierno divulgando o alertando sobre la Hepatitis C? ATENCIÓN: La formulación de esta pregunta fue modificada y ampliada cuando fueron recibidos e-mails afirmando haber visto películas publicitarias con los actores Cissa Guimaraes, José Wilker, Cristiana Oliveira, Patricia Pillar y Miguel Falabella y, también el del “Animalito Verde” pensando se tratar de anuncios del gobierno. Así, después de los primeros 500 participantes fue incluida una aclaración dentro de la pregunta, aclarando que todas esas películas eran de autoría del Grupo Optimismo.

El resultado fue claro al mostrar que en la población en general 114 (7%) personas ya observaron o tuvieron conocimiento de algún tipo de propaganda gubernamental alertando sobre a Hepatitis C, contra 1.513 (93%) de los participantes que nunca observó ningún alerta sobre la enfermedad realizado por el gobierno.

PREGUNTA NÚMERO 2) ¿Si usted es portador de la Hepatitis C, sus familiares ya hicieron la prueba para saber si están infectados?

Con relación a la necesidad de la familia o compañeros de los infectados con la Hepatitis C realicen, también, la prueba de detección, conforme recomiendan los consensos, fue encontrado que 532 (33,2%) de los casos detectados la familia o los compañeros aún no fueron testados. Un resultado preocupante demostrando que las recomendaciones de consenso sobre la necesidad de testar la familia no están siendo seguidas.

PREGUNTA NÚMERO 3) La prueba de detección de las hepatitis B y C puede ser realizado en algunos de los llamados a Centros de Detección e Información (CTA). ¿Sabe si en su ciudad existe algún CTA? De un total de 1.625 respuestas relativas a ésta pregunta, 377 (23,2%) saben que en su ciudad existe un CTA (Centro de Detección e Información) siendo desconocida su existencia para 1.248 (76,8%) personas.

PREGUNTA NÚMERO 4) ¿Ya vio algún cartel o anuncio indicando dónde está localizado el CTA?

Un total de 1.536 (94,6%) personas informaron nunca haber visto cualquier cartel o anuncio en hospitales o puestos de salud informando la dirección del CTA. Solamente 87 personas (5,4%) respondieron afirmativamente.

PREGUNTA NÚMERO 5) ¿Sabe la dirección dónde se encuentra el CTA de su ciudad?

De los 377 que afirmaron saber de la existencia solamente 254 conocen su localización. Del total, 1.359 (84,3%) personas no saben donde se localiza el CTA.

PREGUNTA NÚMERO 6) ¿Usted sabía lo que es un CTA, cuál es su función?

De un total de 1.616 respuestas a ésta pregunta, 396 (24,5%) saben que un CTA es un centro de detección, contra 1.220 (75,6%) que desconoce cual es su función.

PREGUNTA NÚMERO 7) ¿El puesto de salud o el hospital qué usted frecuenta realizan pruebas de detección de las hepatitis B y C a quién las solicitar?

Ésta pregunta fue realizada para intentar identificar el origen de los individuos participantes de la pesquisa. Es observado que 585 (36%) personas sabían responder si el puesto de salud o el hospital público que él frecuenta realiza las pruebas de detección, indicando que éstos pueden ser pacientes que son atendidos en el servicio publico. 1.040 (64%) no supieron informar, indicando que frecuentan consultorios y hospitales particulares.

Entre los 585 que supieron contestar, 354 (60,5%) informaron que las pruebas son realizadas en esos locales públicos, contra 231 (39,5%) que informaron que no son realizadas.

PREGUNTA NÚMERO 8) ¿Cómo fue qué usted recibió la indicación para realizar la prueba de detección de la Hepatitis C?

De un total de 1.541 respuestas, 914 (59,3%) realizaron la prueba de detección por solicitación después de la realización de una consulta médica; 168 (10,9%) por indicación de otra persona; 70 (4,6%) por un alerta recibido por medio de alguna actividad realizada por una ONG y, 389 (25,2%) realizaron la prueba al efectuar una donación de sangre, de forma espontánea, sin buscar específicamente por una prueba de Hepatitis.

El resultado muestra que 74,8% de las personas buscan a la realización de la prueba y 25,2% fueron diagnosticadas al realizar una donación de sangre.

PREGUNTA NÚMERO 9) ¿La prueba de detección de la Hepatitis C fue realizada en qué local?

De un total de 1.553 respuestas a ésta pregunta, 1.033 (66,5%) realizaron la prueba de detección de la Hepatitis C en algún laboratorio particular; 134 (8,6%) fueron detectados en hospitales públicos; 57 (3,7%) en puestos de salud (unidades básicas de salud); 28 (1,8%) en los Centros de Detección e Información – CTA y, 301 (19,4%) confirmaron la Hepatitis C en los propios bancos de sangre donde espontáneamente realizaron una donación de sangre.

Conclusiones:

La pesquisa electrónica totalizando un universo medio de 1.550 participantes presenta de forma inédita por la primera vez en Brasil un cuadro real sobre la detección de la Hepatitis C mostrando cual fue el camino escogido para llegarse a la detección de la enfermedad.

Es necesario considerar que las camadas más humildes de la población poseen acceso limitado a internet, así, una pequeña distorsión podrá existir con relación al cuadro general, pero por el elevado número de participantes y el resultado de la pregunta de número siete el resultado presenta datos finales muy próximos de la realidad.

La mínima detección en los llamados a CTA – Centros de Detección e Información confirma el resultado encontrado por la Comisión de Auditoria del Programa Nacional de Hepatitis. Esta comisión, formada por representantes de las asociaciones de pacientes realizó un levantamiento detallado de los CTA, verificando que el desconocimiento de este servicio es muy grande en la población en general, y, su alcance muy pequeño ya que son encontrados en solamente 200 de los casi seis mil municipios brasileños.v Hasta poco tiempo atrás era verificado en los hospitales de servicio referenciados para el tratamiento de las hepatitis que la mayor busca por servicio para tratamiento de la Hepatitis C era originada por la detección espontánea realizada en los bancos de sangre al se efectuar una donación. Hoy el banco de sangre representa apenas uno de cada cuatro individuos detectados.

El cuadro del diagnostico fue alterado y hoy la detección después de una consulta médica representa 59,3% de los detectados. Al se confrontar éste dato con el local donde fue realizada la prueba el mismo se confirma al se verificar que la detección en los laboratorios particulares representa 66,5%. La diferencia de un seis por ciento a más al se comparar la consulta con el laboratorio particular se debe a la confirmación de la prueba por individuos que recibieron un primer diagnostico en una donación de sangre y que confirman el resultado en un laboratorio particular.

Al se constatar que entre los que realizaron el diagnostico en laboratorios particulares y bancos de sangre representan 84% de los portadores, podemos verificar, tristemente, que solamente 16% de los infectados realizó la detección en un hospital público, un resultado que sugiere que los estratos menos favorecidas de la población, los más pobres, no están siendo detectados.

El aumento de la busca de la prueba de detección durante la consulta médica debe ser atribuido al foco de las campañas realizadas en los últimos tres años por las ONGs, sean ellas por medio de carteles, folletos y anuncios en la TV, siempre con la recomendación expresa de “en la próxima consulta hable con su médico sobre la conveniencia de realizar la prueba de detección“.

La indicación “en la próxima consulta“, utilizada por las ONGs en sus campañas parece ser el camino correcto para incentivar la detección de la Hepatitis C, un camino que los resultados muestran que debe tener continuidad y mayor énfasis en toda campaña o llamada publicitaria que tenga como objetivo alertar la población sobre el grave problema que representan las hepatitis y la importancia de un diagnostico precoz.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


IMPORTANTE: Los artículos se encuentran en orden cronológico. El avanzo del conocimiento en las pesquisas puede tornar obsoleta cualquier colocación en pocos meses. Encontrando colocaciones diversas que puedan ser consideradas controversias siempre debe se considerar la información más actual, con fecha de publicación más reciente.


Carlos Varaldo y el Grupo Optimismo declaran que no tienen relaciones económicas relevantes con eventuales patrocinadores de las diversas actividades.


Aviso legal: Las informaciones de este texto son meramente informativas y no pueden ser consideradas ni utilizadas como indicación médica.


Es permitida la utilización de las informaciones contenidas en este mensaje si se cita la fuente: WWW.HEPATO.COM


El Grupo Optimismo es afiliado a AIGA – ALIANZA INDEPENDIENTE DE GRUPOS DE APOYO[:]