[:pb]1 – Erradicação da Hepatite C no século XXI – mito ou realidade? —– 2 – Custo – benefício de tratar pacientes F0-F1” – Hepato Pernambuco 2018[:es]1 – ¿Erradicación de la Hepatitis C en el siglo XXI – mito o realidad? ———– 2 – Costo – benefício de tratar pacientes F0-F1” – Hepato Pernambuco 2018[:]

2464

[:pb]Com a coordenação da Dra. Andrea Dória (PE) a Dra. Cássia Mendes Correa (SP), consultora do Departamento IST/HIV/Hepatites Virais do Ministério da Saúde fez uma conferência sobre se é um mito ou uma realidade a erradicação da hepatite C neste século 21.  Por problemas de agenda juntou-se nessa conferência um outro tema de outra mesa que trata sobre o “Custo – benefício de tratar pacientes F0-F1”, assim, vamos num só artigo resumir os dois.

Iniciou a apresentação mostrando o “Custo – benefício de tratar paciente F0-F1” conforme a nova política do Protocolo de Tratamento com o qual todos os infectados diagnosticados, com qualquer grau de danos no fígado receberão tratamento.

Mostrando diversos gráficos informou que segundo os cálculos do estudo matemático existem no Brasil aproximadamente 657.000 infectados com hepatite C que necessitam tratamento e, que por ser uma epidemia silenciosa e pela sua história natural é a maior causa de óbito entre as hepatites virais e a terceira causa de transplante de fígado no Brasil.

A seguir mostrou qual é o investimento necessário para o Brasil conseguir erradicar (eu prefiro falar em eliminar) a hepatite C mostrando que existem custos diretos e custos indiretos.

Os custos diretos são os relativos ao tratamento, testes diagnósticos, exames necessários, englobando o custo do tratamento antiviral.

Os custos indiretos compreendem o gerenciamento da doença, sendo o custo de hospitalização para tratamentos de doenças relacionadas a hepatite C, custos de internação e de cuidados ambulatorial, custos do tratamento da cirrose e do câncer de fígado e os custos com transplantes de fígado.

Colocando que o desafio será encontrar os infectados e esclarecendo que a medida que mais sejam diagnosticados fica cada vez mais difícil encontrar outros infectados, tendo seu “pico” de diagnosticados estimados no ano de 2024, apresentou um panorama de ações mostrando em anos intermediários a evolução das necessidades em relação aos custos diretos (medicamentos, testes e exames), mostrando que:

1 – Em função do número de diagnosticados é fácil prever que os tratamentos oferecidos serão 50.000 tratamentos em 2018; 540.000 em 2020 caindo para 23.000 em 2025 e 2030, quando estará cumprida a meta de encontrar 90% dos infectados com hepatite C.

2 – Isso leva a estimar a quantidade de testes rápidos que deverão ser realizados, sendo 9.448.000 em 2018; 16.001.000 em 2020; 20.295.000 em 2025 e 1.066.000 em 2030.

3 – A quantidade de testes de genotipagem deverá ser de 40.000 em 2018; 52.600 em 2020; 25.000 em 2025 e 25.000 em 2030.

4 – Serão necessários testes de carga viral, 150.000 em 2018; 52.600 em 2020; 69.000 em 2025 e 69.000 em 2030.

5 – E ao se falar em recursos financeiros, a preços atuais e sem considerar novas negociações para reduções de preços, que certamente irão acontecer, se chega a valores assustadores. Serão necessários 484 milhões de reais em 2018; 529 milhões em 2020; 238 milhões em 2025 e 219 milhões em 2030.

Como introdução seguiu explicando que no Brasil será possível, sim, eliminar a hepatite C até o ano de 2030 e que o plano de ação já foi aprovado em outubro de 2017 pela Comissão de Gestores Tripartites (CIT) que engloba todos os estados, municípios e governo federal.

Finalizou colocando que tratar todos os infectados é custo efetivo para o Brasil, um custo menor que não diagnosticar e não tratar. Colocou que é necessário estabelecer parcerias e políticas adequadas sendo necessário buscar a sustentabilidade do programa utilizando racionalmente os recursos disponíveis.

MEU COMENTÁRIO

Concordo plenamente que é possível eliminar a hepatite C até 2030, conforme resolução da Organização Mundial da Saúde – OMS. Melhor ainda é observar com orgulho que a OMS coloca o Brasil como um exemplo a ser seguido por outros países, e a OMS afirma que seremos um dos nove países nos quais existe um enfrentamento real para eliminar a hepatite C.

Acho que “eliminação” é a uma palavra mais correta que “erradicação”. Erradicar uma doença somente é possível se existisse uma vacina, mas quando se coloca que encontrar 90% dos infectados até 2030 resultara na eliminação de um grave problema de saúde, ficando um pequeno número de infectados e, que a partir de 2030 irão sendo encontrados paulatinamente.

Em relação ao item 5, sobre os recursos financeiros discordo dos valores apresentados sendo necessário esclarecer que estão calculados ao preço atual dos medicamentos (valores de 2017) e testes, mas não se considera que na saúde os preços diminuem ano após ano, a cada nova compra, assim a cada ano a necessidade de financiamento será cada vez menor. Também, com a introdução dos medicamentos pan-genótipos a necessidade da realização de testes da genotipagem será mínima.

NOTA: O Hepato Pernambuco é um Workshop. A diferença entre um Workshop e um congresso e que num Workshop são formadas mesas de especialistas para discutir um tema. Primeiro cada um faz uma apresentação e depois discutem entre todos e com a participação da plateia.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com

IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.

Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.

Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação médica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte:
WWW.HEPATO.COM

O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO

 [:es]Con la coordinación de la Dra. Andrea Dória (Pe) la Dra. Cássia Mendes (SP), consultora del Departamento IST/SIDA/Hepatitis Víricas del Ministerio de la Salud de Brasil hizo una conferencia sobre si es un mito o una realidad la erradicación de la hepatitis C en este siglo 21.  Por problemas de agenda se juntó en esa conferencia otro tema de otra mesa que trata sobre el “Costo – beneficio de tratar pacientes F0-F1”, así, vamos en un solo artículo resumir los dos.

Empezó la presentación mostrando el “Costo – beneficio de tratar paciente F0-F1” conforme la nueva política del Consenso de Tratamiento con el cual todos los infectados diagnosticados, con cualquier grado de daños en el hígado recibirán tratamiento.

Mostrando diversos gráficos informó que segundo los cálculos del estudio matemático existen en Brasil aproximadamente 657.000 infectados con hepatitis C que necesitan tratamiento y, por ser una epidemia silenciosa y con por su historia natural es la mayor causa de óbito entre las hepatitis víricas y la tercera causa de trasplante de hígado en Brasil.

A continuación mostró cual es la inversión necesaria para Brasil conseguir erradicar (prefiero hablar en eliminar) la hepatitis C mostrando que existen costos directos y costos indirectos.

Los costos directos son los relativos al tratamiento, tests diagnósticos, exámenes necesarios, englobando el costo del tratamiento antiviral.

Los costos indirectos comprenden el gerenciamento de la enfermedad, siendo el costo de hospitalización para tratamientos de enfermedades relacionadas la hepatitis C, costos de internación y de cuidados ambulatoriales, costos del tratamiento del cirrosis y del cáncer de hígado y los costos con trasplantes de hígado.

Colocando que el desafío será encontrar los infectados y aclarando que cuanto más sean diagnosticados se ququedará cada vez más difícil encontrar otros infectados, teniendo su “pico” de diagnosticados estimados en el año 2024, presentó un panorama de acciones mostrando en años intermediarios la evolución de las necesidades con relación a los costos directos (medicamentos, tests y exámenes), mostrando que:

1 – En función del número de diagnosticados es fácil prever que los tratamientos ofrecidos serán 50.000 tratamientos en 2018; 540.000 en 2020 cayendo para 23.000 en 2025 y 2030, cuando estará cumplida a meta de encontrar 90% de los infectados con hepatitis C.

2 – Eso lleva a estimar la cantidad de pruebas rápidas que deberán ser realizados, siendo 9.448.000 en 2018; 16.001.000 en 2020; 20.295.000 en 2025 y 1.066.000 en 2030.

3 – La cantidad de pruebas del genotipo deberá ser de 40.000 en 2018; 52.600 en 2020; 25.000 en 2025 y 25.000 en 2030.

4 – Serán necesarios pruebas de carga vírica, 150.000 en 2018; 52.600 en 2020; 69.000 en 2025 y 69.000 en 2030.

5 – Y al se hablar en recursos financieros, a precios actuales y sin considerar nuevas negociaciones para reducciones de precios, que ciertamente irán a acontecer, se llega a valores asustadores. Serán necesarios 484 millones de reales en 2018; 529 millones en 2020; 238 millones en 2025 y 219 millones en 2030.

Como introducción siguió explicando que en Brasil será posible, sí, eliminar la hepatitis C hasta el año de 2030 y que el plan de acción ya fue aprobado en octubre de 2017 por la Comisión de Gestores Tripartites (CIT) que engloba todos los estados, municipios y gobierno federal.

Finalizó colocando que tratar todos los infectados es costo efectivo para Brasil, un costo menor que no diagnosticar y no tratar. Colocó que es necesario establecer aparcerías y políticas adecuadas y que es necesario buscar la sustentabilidad del programa utilizando racionalmente los recursos disponibles.

MI COMENTARIO

Concuerdo plenamente que es posible eliminar la hepatitis C hasta 2030, conforme resolución de la Organización Mundial de la Salud – OMS. Mejor aún es observar con orgullo que la OMS coloca Brasil como un ejemplo a ser seguido por otros países, y la OMS afirma que Brasil es uno de los nueve países en los cuales existe un enfrentamiento real para eliminar la hepatitis C.

Pienso que “eliminación”, es una palabra más correcta que “erradicación”. Erradicar una enfermedad solamente es posible si existiese una vacuna, pero cuando se coloca que encontrar 90% de los infectados hasta 2030 resultara en la eliminación de un grave problema de salud, quedándose un pequeño número de infectados y,  que desde 2030 irán siendo encontrados paulatinamente.

Con relación al apartado 5 no concuerdo, sobre los recursos financieros, es necesario aclarar que están calculados al precio actual (de 2017) de los medicamentos y pruebas, pero que como acontece en la salud los precios disminuyen años a año, a cada nueva compra, así a cada año la necesidad de financiación será cada vez menor. También, con los medicamentos pangenotipos el número de pruebas del genotipo necesarias será mínimo.

NOTA: El Hepato Pernambuco es un Workshop. La diferencia entre un Workshop y un congreso y que en un Workshop son formadas mesas de especialistas para discutir un tema. Primero cada uno hace una presentación y después discuten entre todos y con la participación de la platea.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 

IMPORTANTE: Los artículos se encuentran en orden cronológico. El avanzo del conocimiento en las pesquisas puede tornar obsoleta cualquier colocación en pocos meses. Encontrando colocaciones diversas que puedan ser consideradas controversias siempre es importante considerar la información más actual, con fecha de publicación más reciente.

Carlos Varaldo y el Grupo Optimismo declaran que no tienen relaciones económicas relevantes con eventuales patrocinadores de las diversas actividades.

Aviso legal: Las informaciones de este texto son meramente informativas y no pueden ser consideradas ni utilizadas como indicación médica.

Es permitida la utilización de las informaciones contenidas en este mensaje si se cita la fuente: WWW.HEPATO.COM

El Grupo Optimismo es afiliado a AIGA – ALIANZA INDEPENDIENTE DE GRUPOS DE APOYO[:]