[:pb]Sob queixas, Ministério anuncia meta de eliminar hepatite C até 2030 [:es]Bajo quejas, Ministerio brasileño anuncia meta de eliminar hepatitis C hasta 2030[:]

1499

[:pb]Estadão Conteúdo – 05/07/18 – 20h53

Em meio às queixas de associações sobre falta de medicamentos para atender novos pacientes, o Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 5, o lançamento de um plano para eliminar a hepatite C até 2030. A estratégia prevê a redução das etapas para o diagnóstico da doença e a ampliação da testagem em grupos considerados prioritários (como pessoas vivendo com HIV/aids, pacientes que fazem diálise, usuários de drogas e bebês de mães que têm hepatite C).

A previsão é atender 50 mil pacientes por ano até 2024 a partir do ano que vem. Este ano, seriam entregues tratamentos para 19 mil pacientes. O quantitativo para 2018 agora anunciado pelo ministério, no entanto, é bem menor do que havia sido divulgado em 2017. No ano passado, a pasta já havia firmado o compromisso de ofertar pelo menos 50 mil tratamentos anuais, começando em 2018.

A diretora do Departamento de IST, HIV/aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, atribui a mudança do cronograma e a redução das metas para este ano ao atraso na publicação de um documento que seria indispensável para o início do processo de compras, o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas. O manual, com indicações de como deve ser feito o tratamento, foi lançado em março.

Integrante do grupo Otimismo, de apoio à pessoa com hepatite, Carlos Varaldo afirmou haver um número considerável de pacientes que têm o diagnóstico de hepatite C e indicação de tratamento, mas que, até agora, não receberam os remédios necessários. “Isso gera uma expectativa enorme. Se acabaram os estoques de medicamentos, por que médicos e pacientes não foram avisados?” pergunta. Hoje todas as pessoas com hepatite C têm indicação de tratamento, independentemente do grau de lesão no fígado.

Em uma carta enviada ao ministro, a associação pondera ainda que a aquisição deveria ser feita de forma rápida, sob o risco de, no próximo ano, o orçamento para a compra ser reduzido.

Adele afirma que uma compra de 8 mil tratamentos foi feita para atender à demanda imediata e que os medicamentos deverão ser entregues em um prazo de um mês. Ela assegura, ainda, que um processo de compra para 50 mil tratamentos será iniciado em breve. Desse montante, 20 mil seriam entregues este ano e o restante, em 2019.

Números

No ano passado, foram identificados 24.460 pacientes com hepatite C. No ano anterior, foram confirmados 28.397 casos. A queda é atribuída à melhora na qualidade de banco de dados. A doença é mais comum em pessoas com mais de 40 anos e pode provocar cirrose e câncer.

A diretora afirma que atualmente 325 mil pessoas têm hepatite e não sabem. Para Adele, um dos avanços do plano de erradicação é mudar a lógica para a aquisição dos medicamentos usados no tratamento. A alteração permitirá a compra dos tratamentos de forma antecipada, antes de a demanda ocorrer. “O sistema era injusto. Vamos alavancar esse processo.”

Críticos da proposta, contudo, avaliam que o programa traça metas audaciosas sem ter condições de colocar as medidas em prática. Entre 2000 e 2016, o Brasil registrou 23 mil mortes por hepatite C. Isso representa pouco mais de 70% dos óbitos provocados por hepatites. Outros tipos de hepatite (A e B) também preocupam.

A taxa de transmissão de casos de hepatite A dobrou em 2017, quando comparada a 2016. No ano passado, foram 2.086 casos. Mais da metade das infecções foi registrada em São Paulo, em decorrência de um surto, provocado por transmissão via sexual, entre homens com idade entre 20 e 39 anos. “O problema foi solucionado. Foi recomendado na época vacinação entre grupos de homens que fazem sexo com homens”, disse Adele. Ela descartou, porém, a hipótese de se ampliar a recomendação de vacinação para homens que fazem sexo com homens em todo o País.

No ano passado, o País registrou 13.482 casos de hepatite B, menos do que os 14.702 comunicados em 2016. Apesar da queda, Adele observa que essa forma de infecção é a segunda causa de óbitos entre hepatites virais. Em 2016, foram 477. “A vacinação é a melhor estratégia de prevenção”, diz. Para fazer frente às quedas nos indicadores de imunização, Adele afirmou estar em estudo no Ministério da Saúde a adoção da “vacinação acelerada.”

Nesse esquema, depois da primeira aplicação, seria feita uma segunda dose sete dias depois e a terceira, aos 21 dias, com um reforço depois de um ano. Para a diretora, esse esquema, que deverá ser testado em uma primeira etapa numa comunidade indígena, poderia reduzir o risco de pacientes tomarem as primeiras doses e se esquecerem de completar o esquema.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com

IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.

Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.

Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação médica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte:
WWW.HEPATO.COM

O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]Publicado en el Diario O Estado de São Paulo – 05/07/18

En medio a las quejas de asociaciones sobre falta de medicamentos para atender nuevos pacientes, el Ministerio de la Salud anunció este jueves, 5, el lanzamiento de un plan para eliminar la hepatitis C hasta 2030. La estrategia prevé la reducción de las etapas para el diagnóstico de la enfermedad y la ampliación del diagnóstico en grupos considerados prioritarios (como personas viviendo con HIV/sida, pacientes que hacen diálisis, usuarios de drogas y bebés de madres que tienen hepatitis C).

La previsión es atender 50 mil pacientes por año hasta 2024 desde el año que viene. Este año, serían entregues tratamientos para 19 mil pacientes. El cuantitativo para 2018 ahora anunciado por el ministerio, sin embargo, es bien menor de lo que había sido divulgado en 2017. En el año pasado, la pasta ya había firmado el compromiso de ofertar por lo menos 50 mil tratamientos anuales, comenzando en 2018.

La directora del Departamento de EST, HIV/sida y Hepatitis Víricas del Ministerio de la Salud, Adele Benzaken, atribuye la mudanza del cronograma y la reducción de las metas para este año al atraso en la publicación de un documento que sería indispensable para el inicio del proceso de compra, el Protocolo Clínico de Directrices Terapéuticas. El manual, con indicaciones de cómo debe ser hecho el tratamiento, fue lanzado en marzo.

Integrante del grupo Optimismo, de apoyo a la persona con hepatitis, Carlos Varaldo afirmó haber un número considerable de pacientes que tienen el diagnóstico de hepatitis C e indicación de tratamiento, pero que, hasta ahora, no recibieron los remedios necesarios. “Eso genera una expectativa enorme. ¿Se acabaron las existencias de medicamentos, por qué médicos y pacientes no fueron avisados?” pregunta. Hoy todas las personas con hepatitis C tienen indicación de tratamiento, independientemente del grado de lesión en el hígado.

En una carta enviada al ministro, la asociación pondera todavía que la adquisición debía ser hecha de forma rápida, bajo el riesgo de, el próximo año, el presupuesto para a compra ser reducido.

Adele afirma que una compra de 8 mil tratamientos fue hecha para atender a la demanda inmediata y que los medicamentos deberán ser entregues en un plazo de un mes. Ella asegura, aún, que un proceso de compra para 50 mil tratamientos será iniciado pronto. De ese montante, 20 mil serían entregues este año y el restante, en 2019.

Números

En el año pasado, fueron identificados 24.460 pacientes con hepatitis C. En el año anterior, fueron confirmados 28.397 casos. La caída es atribuida a la mejora en la calidad del banco de datos. La enfermedad es más común en personas con más de 40 años y puede provocar cirrosis y cáncer.

La directora afirma que actualmente 325 mil personas tienen hepatitis y no saben. Para Adele, uno de los avances del plan de erradicación es mudar la lógica para la adquisición de los medicamentos usados en el tratamiento. La alteración permitirá la compra de los tratamientos de forma anticipada, antes de la demanda ocurrir. “El sistema era injusto. Vamos a apalancar ese proceso.”

Críticos de la propuesta, sin embargo, evalúan que el programa plantea metas muy grandes sin tener condiciones de colocar las medidas en práctica. Entre 2000 y 2016, Brasil registró 23 mil muertes por hepatitis C. Eso representa poco más del 70% de los óbitos provocados por hepatitis. Otros tipos de hepatitis (A y B) también preocupan.

La tasa de transmisión de casos de hepatitis A dobló en 2017, cuando comparada a 2016. En el año pasado, fueron 2.086 casos. Más de la mitad de las infecciones fue registrada en São Paulo, en recurrencia de un surto, provocado por transmisión sexual, entre hombres con edad entre 20 y 39 años. “El problema fue solucionado. Fue recomendado en la época vacunación entre grupos de hombres que hacen sexo con hombres”, dijo Adele. Ella descartó, sin embargo, la hipótesis de ampliarse la recomendación de vacunación para hombres que hacen sexo con hombres en todo el País.

En el año pasado, el País registró 13.482 casos de hepatitis B, menos de lo que los 14.702 comunicados en 2016. A pesar de la caída, Adele observa que esa forma de infección es la segunda causa de óbitos entre hepatitis víricas. En 2016, fueron 477. “La vacunación es la mejor estrategia de prevención”, dice. Para hacer frente a las caídas en los indicadores de inmunización, Adele afirmó estar en estudio en el Ministerio de la Salud la adopción de la “vacunación acelerada.”

En ese esquema, después de la primera aplicación, sería hecha una segunda dosis siete días después y la tercera, a los 21 días, con un refuerzo después de un año. Para la directora, ese esquema, que deberá ser testado en una primera etapa en una comunidad indígena, podría reducir el riesgo de pacientes tomen las primeras dosis y olvidarse de completar el esquema.

El Plano de Eliminación completo es encontrado en https://hepato.com/es/2018/07/julio-amarillo-en-brasil-salud-lanza-plano-para-eliminar-la-hepatitis-c-hasta-2030/

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 

IMPORTANTE: Los artículos se encuentran en orden cronológico. El avanzo del conocimiento en las pesquisas puede tornar obsoleta cualquier colocación en pocos meses. Encontrando colocaciones diversas que puedan ser consideradas controversias siempre es importante considerar la información más actual, con fecha de publicación más reciente.

Carlos Varaldo y el Grupo Optimismo declaran que no tienen relaciones económicas relevantes con eventuales patrocinadores de las diversas actividades.

Aviso legal: Las informaciones de este texto son meramente informativas y no pueden ser consideradas ni utilizadas como indicación médica.

Es permitida la utilización de las informaciones contenidas en este mensaje si se cita la fuente: WWW.HEPATO.COM

El Grupo Optimismo es afiliado a AIGA – ALIANZA INDEPENDIENTE DE GRUPOS DE APOYO[:]