[:pb]A transmissão sexual é um modo importante de transmissão da hepatite C?[:es]¿La transmisión sexual es un modo importante de transmisión de la hepatitis C?[:]

3268

[:pb]Acaba de ser publicado no Hepatology um estudo do CDC – Centro de Controle de Doenças e Prevenção, órgão do governo dos Estados Unidos, um estudo com recomendações sobre a forma correta de informar sobre a transmissão sexual da hepatite C.

A opinião médica varia de forma considerável em relação à transmissão sexual do vírus da hepatite C. O Centers for Disease Control and Prevention – CDC analisou 80 estudos publicados na literatura cientifica sobre evidencias a favor ou contra a transmissão sexual.

O resultado mostra que na relação heterossexual regular de um casal estável não existe maior risco da transmissão sexual da hepatite C. O risco de infecção pode aumentar em pessoas com múltiplos parceiros, porém esta associação pode estar afetada pelo fato de nesse grupo existir uma maior probabilidade de utilização de drogas injetáveis, o que dificulta atribuir a maior incidência somente ao número de parceiros sexuais.

Aparentemente os estudos mostram que existe maior possibilidade de transmissão sexual para as mulheres co-infectadas com HIV/AIDS ou outras infecções de transmissão sexual e, especialmente a incidência da hepatite C e mais alta entre os homens homossexuais infectados com HIV/AIDS que mantém relações sexuais entre eles que entre os homossexuais não infectados com HIV/AIDS.

Os homens homossexuais infectados com HIV/AIDS aumentam o risco de transmissão devido a praticas sexuais que levam ao traumatismo da mucosa, o que pode acontecer com múltiplos parceiros, utilização de brinquedos sexuais e a pratica do fisting (fisting é uma prática sexual que envolve a inserção da mão ou antebraço no ânus) e a presença de doenças ulcerosas genitais.

Conclui a publicação com a recomendação de que a divulgação de informações sobre a transmissão sexual da hepatite C deveria ser cuidadosa para não distrair ou confundir a população, devendo fornecer orientações corretas em função das evidencias cientificas e, não simplesmente dar orientações alarmistas. Alertam ainda que os gestores da saúde devam prestar especial atenção a transmissão sexual da hepatite C entre os indivíduos infectados com HIV/AIDS, mas sem generalizar a recomendação para a população em geral.

MEU COMENTÁRIO:

As recomendações do governo dos Estados Unidos realizadas pelo seu organismo, o CDC – Centers for Disease Control and Prevention, são de fundamental importância, pois em vários países, inclusive no Brasil, os próprios responsáveis pelo programas de combate a hepatites muitas vezes contribuem a divulgar informações equivocadas em relação à transmissão sexual da hepatite C.

Casualmente neste momento o Programa Nacional de DST/AIDS/Hepatites do Ministério da Saúde está preparando uma nova pagina na internet. Para evitar erros solicitou as ONGs para fazer uma leitura objetivando encontrar erros e realizar sugestões. Alertamos o Programa Nacional no último dia 18 que as informações sobre prevenção da hepatite C estão totalmente erradas.

Na prevenção da transmissão da hepatite C colocam que “evitar a doença é muito fácil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais” e, ainda, informam que o preservativo está disponível na rede pública de saúde. Colocam ainda que entre as principais causas de transmissão esta a pratica de sexo sem camisinha com uma pessoa infectada.

Em desacordo com o conhecimento cientifico mundial e com o CDC, a interpretação da transmissão sexual da hepatite C pelo Programa Nacional de DST/AIDS/Hepatites mostra claramente que todas as informações estão sendo elboradas como se toda a população brasileira estivesse infectada com HIV/AIDS, generalizando uma forma de transmissão que acontece nesse grupo de pessoas e, esquecendo informar corretamente o restante da população, criando com isso estigma em relação à hepatite C e discriminação na população mono infectada com a doença.

É necessário abrir a discussão antes de divulgar informações incorretas para evitar erros que podem ser irreparáveis. O Programa Nacional de DST/AIDS/Hepatites atuou corretamente ao solicitar o auxilio das ONGs, as quais esperam que as sugestões e correções sejam apreciadas e aceitas, evitando não somente colocar informações incorretas na página da internet como em todo e qualquer material de divulgação a ser elaborado.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Is sexual contact a major mode of hepatitis C virus transmission? – Tohme RA, Holmberg SD – Division of Viral Hepatitis, National Center for HIV/AIDS, Viral Hepatitis, STD, and TB Prevention, Atlanta, GA. – Centers for Disease Control and Prevention – CDC – Hepatology. 2010 Jun 16.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com


IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.


Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.


Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação medica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte: WWW.HEPATO.COM


O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]Acaba de ser publicado en el Hepatology un estudio del CDC – Centro de Control de Enfermedades y Prevención, órgano del gobierno de Estados Unidos, un estudio con recomendaciones sobre la forma correcta de informar sobre la transmisión sexual de la hepatitis C.

La opinión médica varia de forma considerable con relación a la transmisión sexual del virus de la hepatitis C. El Centers for Disease Control and Prevention – CDC analizó 80 estudios publicados en la literatura científica sobre evidencias a favor o contra la transmisión sexual.

El resultado muestra que en la relación heterosexual regular de una pareja estable no existe mayor riesgo de la transmisión sexual de la hepatitis C. El riesgo de infección puede aumentar en personas con múltiples compañeros sexuales, sin embargo esta asociación puede estar afectada por el hecho de en ese grupo existir una mayor probabilidad de utilización de drogas inyectables, lo que dificulta atribuir la mayor incidencia solamente al número de compañeros sexuales.

Aparentemente los estudios muestran que existe mayor posibilidad de transmisión sexual para las mujeres co-infectadas con HIV/SIDA u otras infecciones de transmisión sexual y, especialmente la incidencia de la hepatitis C es más alta entre los hombres homosexuales infectados con HIV/SIDA que mantiene relaciones sexuales entre ellos que entre los homosexuales no infectados con HIV/SIDA.

Los hombres homosexuales infectados con HIV/SIDA aumentan el riesgo de transmisión debido a practicas sexuales que llevan al traumatismo de la mucosa, lo que puede acontecer con múltiples compañeros, utilización de juguetes sexuales y a la practica del fisting (fisting es una práctica sexual que involucra la inserción de la mano o antebrazo en el ano) y a la presencia de enfermedades ulcerosas genitales.

Concluye la publicación con la recomendación de que la divulgación de informaciones sobre la transmisión sexual de la hepatitis C debe ser cuidadosa para no distraer o confundir la población, debiendo suministrar orientaciones correctas en función de las evidencias científicas y, no simplemente dar orientaciones alarmistas. Alertan todavía que los gestores de la salud deban prestar especial atención a la transmisión sexual de la hepatitis C entre los individuos infectados con HIV/SIDA, pero sin generalizar la recomendación para la población en general.

MI COMENTARIO:

Las recomendaciones del gobierno de Estados Unidos realizadas por su organismo, el CDC – Centers for Disease Control and Prevention, son de fundamental importancia, pues en varios países, incluso en Brasil, los propios responsables por los programas de combate a las hepatitis muchas veces contribuyen a divulgar informaciones equivocadas con relación a la transmisión sexual de la hepatitis C.

Casualmente en este momento el Programa Nacional de DST/SIDA/Hepatitis del Ministerio de la Salud brasileño está preparando una nueva página en el internet. Para evitar errores solicitó a las ONGs para hacer una lectura objetivando encontrar errores y realizar sugestiones. Alertamos el Programa Nacional en el último día 18 de que las informaciones sobre prevención de la hepatitis C están totalmente equivocadas.

En la prevención de la transmisión de la hepatitis C colocan que “evitar la enfermedad es muy fácil. Basta usar condón en todas las relaciones sexuales” y, aún, informan que el preservativo está disponible en la red pública de salud. Colocan todavía que entre las principales causas de transmisión ésta la practica de sexo sin condón con una persona infectada.

En desacuerdo con el conocimiento científico mundial y con el CDC, la interpretación de la transmisión sexual de la hepatitis C por el Programa Nacional de DST/SIDA/Hepatitis muestra claramente que todas las informaciones están siendo elaboradas como si toda la población brasileña estuviese infectada con HIV/SIDA, generalizando una forma de transmisión que acontece en ese grupo de personas y, olvidando informar correctamente al restante de la población, creando con eso estigma con relación a la hepatitis C y discriminación en la población mono infectada con la enfermedad.

Es necesario abrir la discusión antes de divulgar informaciones incorrectas para evitar errores que pueden ser irreparables. El Programa Nacional de DST/SIDA/Hepatitis actuó correctamente al solicitar el auxilio de las ONGs, las cuales esperan que las sugestiones y correcciones sean apreciadas y aceptas, evitando no solamente colocar informaciones incorrectas en la página de internet como en todo y cualquier material de divulgación a ser elaborado.

Este artículo fue redactado con comentarios e interpretación personal de su autor, tomando como base la siguiente fuente:
Is sexual contact a major mode of hepatitis C virus transmission? – Tohme RA, Holmberg SD – Division of Viral Hepatitis, National Center for HIV/AIDS, Viral Hepatitis, STD, and TB Prevention, Atlanta, GA. – Centers for Disease Control and Prevention – CDC – Hepatology. 2010 Jun 16.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


IMPORTANTE: Los artículos se encuentran en orden cronológico. El avanzo del conocimiento en las pesquisas puede tornar obsoleta cualquier colocación en pocos meses. Encontrando colocaciones diversas que puedan ser consideradas controversias siempre debe se considerar la información más actual, con fecha de publicación más reciente.


Carlos Varaldo y el Grupo Optimismo declaran que no tienen relaciones económicas relevantes con eventuales patrocinadores de las diversas actividades.


Aviso legal: Las informaciones de este texto son meramente informativas y no pueden ser consideradas ni utilizadas como indicación médica.


Es permitida la utilización de las informaciones contenidas en este mensaje si se cita la fuente: WWW.HEPATO.COM


El Grupo Optimismo es afiliado a AIGA – ALIANZA INDEPENDIENTE DE GRUPOS DE APOYO[:]