Liliana – Argentina

2003

[:pb]Meu nome é Liliana, sou Argentina e vivo ali, tenho 57 anos e sou Licenciada em Sistemas. Quando tinha 47 anos, e logo depois de anos suportando um excessivo cansaço com um diagnóstico de stress, que associavam a minhas 10 a 12 horas de trabalho, decidi me fazer uma bateria de estudos que deram por resultado a presença em meu sangue de hepatite A, B e C.

A hepatite A tinha passado sem mais, (embora nunca soubesse), a B tinha sido curada por meu próprio corpo (mas apresentava anticorpos) e a C estava aí firme e muito vivinha. Acredito que foi um dos piores dias de minha vida, porque o primeiro que pensei foi em meu marido e meu filho…. Acaso eles estariam contaminados?…. e eu de onde a teria tomado? E agora, o que aconteceria????? Milhares e milhares de perguntas e muitas poucas respostas.

Tratando de averiguar o que podia, inteirei-me que era uma doença estigmatizada, que quase todos a relacionavam com a AIDS e que se relacionava com uma conduta considerada promíscua.

Procurei o hepatologista que correspondia a meu seguro médico e sem mais informação decidi fazer o tto. Meu “C” era genótipo 2a, 2c, a carga viral nunca foi contada e a condição que coloquei foi NÃO fazer a biópsia de fígado (único método na Argentina para conhecer o estado do fígado) O médico aceitou não de muito bom grau, mas acreditou que é válido que alguém se entregue até onde sabe que pode chegar

Nesses momentos eu trabalhava e muito em uma empresa multinacional que tomou bastante mal o tema, motivo pelo qual 4 anos depois terminei saindo e então em Agosto do 2005, comecei com meu primeiro Interferon Alfa 2b – peguilado + Ribavirina.

Aplicava as quartas-feiras e tomava 4 cápsulas por dia.

Devido a minhas outras patologias (tenho EPOC) Enfermidade Pulmonar Obstrutiva Crônica, o tratamento me pegou muito forte, mas segui adiante, com dúvidas, com choro, com sofrimento, mas com o apoio de minha família e de todos os participantes do Foro de Hepatite da Argentina (pilar fundamental para terminar meu tto.).

Foram meses de muito mau humor, confusão, isolamento, angústias repentinas e muita debilidade, cada injeção me tirava mais o fôlego e a claridade de meus pensamentos, mas também, pensava, que aniquilava maior quantidade de vírus Na sexta semana estava negativa. Completei os 6 meses, com anemia, espasmos bronquiais e uma pneumonia, meu PCR seguiu dando negativa, as transaminases baixaram estrepitosamente e se colocaram em valores normais que graças a Deus conservo até hoje.

Demorei quase dois anos em tornar a estar bem, custou-me a deterioração dos músculos e uma pequena depressão causada pelo medicamento.

Após 5 anos sigo negativa, não me cuido nas comidas, só no álcool.

Tivesse-me gostado de saber por sobre tudo, onde peguei a doença, aos 17 anos fui transfundida por uma operação maior de pulmão devido a um tumor. Nesse então o sangue não se testava e se estima que foi nesse momento. De ser assim, não contagiei a nenhum de meus dois maridos, nem a meu filho, o qual tive a meus 32 anos.

Também tive em seguida do nascimento de meu filho, duas raspagens por abortos espontâneos, e possivelmente tenha sido nesse momento. Nunca consumi drogas nem me fiz tatuagens, mas claro fui ao dentista.

Não o sei.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com


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O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]Mi nombre es Liliana, soy Argentina y vivo allí, tengo 57 años y soy Licenciada en Sistemas. Cuando tenía 47 años, y luego de años soportando un excesivo cansancio con un diagnóstico de stress, que asociaban a mis 10 a 12 horas de trabajo, decido hacerme una batería de estudios que dieron por resultado la presencia en mi sangre de hepatitis A, B y C.

La A había pasado sin más, (aunque nunca me enteré), la B había sido curada por mi propio cuerpo (pero presentaba anticuerpos) y la C estaba ahí firme y muy vivita.

Creo que fue uno de los peores días de mi vida, porque lo primero que pensé fue en mi marido y mi hijo…. Acaso ellos estarían contagiados?…. y yo de dónde la habría tomado? Y ahora, qué pasaría????? Miles y miles de preguntas y muy pocas respuestas.

Tratando de averiguar lo que podía, me enteré que era una enfermedad estigmática, que casi todos la emparentaban con el SIDA y que se relacionaba con una conducta considerada promiscua.

Busqué el hepatólogo que correspondía a mi seguro médico y sin más información decidí hacer el tto. Mi “C” era genotipo 2a, 2c, la carga viral nunca me fue contada y la condiciòn que puse fue NO hacerme la biopsia de hígado (único método en la Argentina para conocer el estado del hígado) El médico aceptó no de muy buen grado, pero creo que es válido que uno se entregue hasta donde sabe que puede llegar

En esos momentos yo trabajaba y mucho en una empresa multinacional que tomó bastante mal el tema, motivo por el cual 4 años después me terminé yendo y entonces en Agosto del 2005, comencé con mi primer Interferón Alfa 2b – pegilado + Ribavirina.

Me pinchaba los miércoles y tomaba 4 pastillas por día.

Debido a mis otras patologías (tengo EPOC) Enfermedad Pulmonar Obstructiva Crónica, el tratamiento me pegó muy fuerte, pero seguí adelante, con dudas, con llanto, con sufrimiento, pero con el aliento de mi familia y de todos los participantes del Foro de Hepatitis de Argentina (pilar fundamental para terminar mi tto.).

Fueron meses de mucho mal humor, confusiòn, aislamiento, angustias repentinas y mucha debilidad, cada inyecciòn me quitaba más el aliento y la claridad de mis pensamientos pero también, pensaba, aniquilaba mayor cantidad de virus A la sexta semana estaba negativa. Completé los 6 meses, con anemia, espasmos bronquiales y una neumonía, mi PCR siguió dando negativa, las transaminasas bajaron estrepitosamente y se colocaron en valores normales que gracias a Dios conservo hasta hoy.

Tardé casi dos años en volver a estar bien, me costó el deterioro de los músculos y una pequeña depresiòn causada por la medicaciòn.

Luego de 5 años sigo negativa, no me cuido en las comidas, si en el alcohol.

Me hubiera gustado saber por sobre todo, dónde me pegué la enfermedad, a los 17 años fui trasfundida por una operación mayor de pulmón debido a un tumor. En ese entonces la sangre no se analizaba y se estima que fue en ese momento. De ser así, no contagié a ninguno de mis dos maridos, ni a mi hijo, el cual tuve a mis 32 años.

También tuve luego del nacimiento de mi hijo, dos raspados por abortos espontáneos, y quizás haya sido en ese momento. Nunca consumí drogas ni me hice tatuajes, pero claro fui al dentista.

No lo se.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


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